Um movimento que vem ganhando força nas redes sociais e no cotidiano é o da valorização do bigode feminino. Mulheres de diferentes partes do mundo estão optando por não remover os pelos faciais, especialmente o buço, e exibem com orgulho essa escolha como forma de empoderamento e afirmação da identidade.
A tendência rompe com padrões históricos de beleza que consideram os pelos faciais femininos como algo a ser eliminado. Em vez disso, essas mulheres os assumem como parte natural do corpo, desafiando tabus e promovendo debates sobre liberdade estética e autonomia sobre o próprio corpo.
Celebridades e influenciadoras têm contribuído para a visibilidade do movimento. A cantora Doja Cat, por exemplo, apareceu com um bigode postiço na Semana de Alta-Costura em Paris, em janeiro de 2023. A artista Tokischa também adotou o visual em eventos internacionais. Já em Portugal, a atriz Jessica Athayde declarou que só depila o buço se for obrigada, reforçando a ideia de que a escolha deve ser pessoal.
O movimento também resgata uma estética que foi popular no início dos anos 2010, quando fotos com bigodes postiços eram comuns nas redes sociais. Agora, no entanto, o gesto ganha um novo significado, mais político e consciente.
Assumir o bigode feminino é mais do que uma questão de estilo: é um ato de resistência contra imposições sociais que moldam o corpo feminino. Assim como o movimento de deixar os pelos das axilas crescerem, a decisão de não remover o buço representa um passo rumo à liberdade individual e ao questionamento dos padrões de beleza vigentes.