Hanna Bordage foi diagnosticada com linfoma de Hodgkin em dezembro de 2022, em New Brunswick, depois de passar um ano convivendo com dores no pescoço, cansaço extremo e suores noturnos. O diagnóstico só veio após uma série de exames realizados quando médicos investigavam um possível trauma sofrido durante um treino de futebol. Segundo a canadense, o atraso no diagnóstico aconteceu porque os sintomas foram tratados como problemas comuns e sem gravidade.
O primeiro sinal surgiu quando a jovem sentia dor no pescoço sempre que bebia álcool. “Eu lembro de pensar: ‘Eu queria entender o que está errado comigo, o que está errado com o meu pescoço’. O sintoma que parecia mais estranho, e que ninguém conseguia explicar, era esse: eu tinha dores no ombro e no pescoço minutos depois de beber”, contou em entrevista à People.
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Além do incômodo, Hanna relatava suor excessivo à noite e fadiga constante, mas atribuía as mudanças ao início da vida universitária e ao calor no dormitório. O alerta maior veio em um treino de futebol, quando sofreu uma pancada na cabeça e precisou de atendimento médico. Durante os exames, os médicos identificaram um sopro cardíaco e pediram uma bateria de testes: ecocardiograma, eletrocardiograma e ressonância magnética. Foi nesse processo que detectaram um tumor de 12 centímetros próximo ao coração.
“Demorou dias e semanas até a biópsia confirmar que era linfoma de Hodgkin em estágio avançado. Me disseram que eu teria que passar por 12 sessões de quimioterapia e, se não funcionasse, também faria radioterapia”, relembrou.
A jovem iniciou imediatamente o tratamento. Durante seis meses, passou por ciclos de quimioterapia e, em 29 de junho de 2023, comemorou o fim das sessões ao tocar o sino no hospital. Hoje, com 22 anos, ela já celebrou o segundo “cancerversário” e usa as redes sociais para alertar sobre os sinais da doença.
“Eu não esperei muito para postar. Fiz um vídeo dizendo: ‘Oi, gente, eu tenho câncer’, um mês após o diagnóstico. Queria falar com o maior número de pessoas possível porque eu tinha uma nova perspectiva e queria compartilhar”, explicou.
Hanna afirma que a internet se tornou um espaço de apoio. “Eu poderia viver ou morrer. Quis mostrar que dá para passar por algo que te apavora e ainda assim continuar sendo a versão positiva e otimista de si mesmo”, disse.
A estudante, que sonha em se tornar médica, agora trabalha como assistente de pesquisa em sua universidade e estuda a mesma doença que enfrentou. “Ser diagnosticada me fez pensar em quantas pessoas se sentem sozinhas sem encontrar respostas. Eu tive acesso a médicos e ainda assim levei um ano para descobrir o que era. Quero usar essa experiência para ajudar outras pessoas a não passarem pelo mesmo”, concluiu.
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