Durante o seminário “Brasil Hoje”, promovido pelo grupo Esfera em São Paulo, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que a “única chance” da direita brasileira nas próximas eleições presidenciais passa pelo apoio do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo ele, Trump é um “camarada decidido” que não quer ver o Brasil “virar um país de esquerda”, e por isso teria interesse em apoiar o retorno de Jair Bolsonaro ao poder.
Bolsonaro, no entanto, está atualmente inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Valdemar acredita que há possibilidade de reversão da inelegibilidade, caso o ex-presidente seja inocentado no processo que responde no Supremo Tribunal Federal (STF) relacionado à tentativa de golpe. Nesse cenário, o PL entraria com um pedido no TSE para reverter a decisão. Ele destacou ainda que, em 2026, o presidente do TSE será o ministro Kassio Nunes Marques, indicado por Bolsonaro ao STF.
Caso Bolsonaro não consiga ser candidato, Valdemar afirmou que caberá a ele a escolha pessoal dos nomes que comporão a chapa da direita. Entre os possíveis candidatos, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é apontado como favorito. Segundo Valdemar, Tarcísio teria afirmado, durante um jantar com outros governadores em Brasília, que se filiará ao PL caso seja o escolhido por Bolsonaro para disputar a Presidência.
Valdemar também elogiou Tarcísio e outros governadores, classificando-os como aliados importantes na estratégia do partido para 2026. Em sua fala, ele reforçou a importância de negociações comerciais com os EUA, sugerindo que Trump poderá “acertar o tarifaço”, indicando uma possível política de acordos bilaterais caso retorne ao poder.
As declarações de Valdemar reforçam o alinhamento do PL com figuras conservadoras internacionais e a aposta na recuperação dos direitos políticos de Bolsonaro como principal estratégia eleitoral da sigla.