A empresária Caroline Aristides Nicolichi, de 26 anos, afirma ter sido impedida de alterar o nome da filha recém-nascida em cartório, mesmo tendo feito a solicitação dentro do prazo de 15 dias previsto em lei. O caso ocorreu no 28º Cartório de Registro Civil, no Jardim Paulista, em São Paulo, e viralizou nas redes sociais após o relato da mãe.
Caroline e o marido, moradores de Indaiatuba (SP), registraram a quarta filha no dia 7 de agosto, ainda na maternidade, com o nome Ariel. Poucos dias depois, relataram arrependimento ao perceber que médicos e enfermeiros se referiam à bebê no gênero masculino. Preocupados com possíveis situações de constrangimento no futuro, decidiram mudar o nome para Bella.
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No dia 18 de agosto, o casal pagou a taxa de R$ 188 e recebeu a informação de que o procedimento estava em andamento. Mas, ao retornar em 25 de agosto, foram informados de que a alteração havia sido negada. Segundo Caroline, a oficial de registro alegou que arrependimento não seria motivo válido para a mudança.
A empresária contesta a versão e afirma que houve discussão no cartório. “Ela falou que tinha amigo juiz, que ia acabar com a gente. Olhou pra minha cara e disse: ‘é bom o seu marido ser muito bilionário, porque eu vou acabar com a sua vida’”, relatou. Caroline também disse que foi chamada de “burra” por outro funcionário e que, após o episódio, chegou a registrar boletim de ocorrência.
Em nota ao g1, o cartório negou que houve ofensas ou ameaças e sustentou que a legislação não autoriza mudanças motivadas por arrependimento dos pais. “No caso da senhora Caroline Aristides Nicolichi, tanto ela quanto o pai da criança, no ato do registro, manifestaram vontade na escolha e fixação do nome, sendo que a lei não resguarda o comportamento contraditório”, afirmou a instituição.
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O advogado da família acionou a Corregedoria Geral de Justiça, pedindo a apuração do episódio e a responsabilização administrativa do cartório. O órgão informou que um juiz foi designado para avaliar o caso. Caroline afirma que, se a solicitação for novamente rejeitada, vai recorrer à Justiça.
“Eu saí de lá chorando, desesperada, tremendo. Meu leite chegou a secar, agora eu estou tomando remédio para voltar, por conta do estresse. Foi um choque muito grande. A gente se sente impotente”, desabafou a mãe.
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