Neil Hopper, de 49 anos, ex-cirurgião vascular do sistema de saúde britânico (NHS), foi condenado a 32 meses de prisão após um caso chocante que envolveu automutilação, fraude milionária e conteúdo chocante. Hopper induziu a amputação das próprias pernas usando gelo seco para provocar lesões graves, alegando aos médicos que sofria de sepse. Posteriormente, tentou enganar companhias de seguro com pedidos fraudulentos que somavam mais de R$ 2,9 milhões.
Durante as investigações, foi revelado que Hopper mantinha contato com Marius Gustavson, administrador de um site de conteúdo chocante focado em modificações corporais extremas. As mensagens trocadas entre os dois indicavam que Hopper tinha um desejos por amputações e desejava viver como amputado. Após a cirurgia, ele chegou a enviar uma foto de suas pernas enfaixadas a Gustavson com a legenda: “É tão legal. Sem pés!”.
Além disso, o ex-cirurgião teria pago por vídeos de mutilações voluntárias hospedados no site Eunuch Maker, também gerenciado por Gustavson, que já havia sido condenado à prisão perpétua por liderar uma rede internacional de modificações corporais ilegais.
Apesar de seu comportamento perturbador, uma investigação interna do NHS concluiu que não havia evidências de que Hopper tivesse colocado pacientes em risco durante sua atuação profissional. No entanto, ele foi suspenso do registro médico e também recebeu uma ordem de prevenção de danos válida por dez anos.
O caso chocou a opinião pública britânica ao revelar um lado sombrio da vida de um profissional altamente respeitado, que passou de cirurgião renomado a réu condenado por práticas extremas, fraudes e desejos obscuros.