O pequeno Mateus, nascido com apenas 27 semanas de gestação e 700 gramas, passou quatro meses e meio internado na UTI neonatal do Hospital Vivalle, em São José dos Campos (SP), e sobreviveu a uma série de intercorrências médicas até finalmente receber alta. O momento mais simbólico de sua recuperação ocorreu quando a equipe médica organizou um passeio ao jardim do hospital para que ele pudesse sentir o sol e a brisa pela primeira vez.
A mãe, Gislaine, de 42 anos, e o pai, Jardel Oliveira, de 44, já haviam enfrentado uma gestação marcada por complicações no passado, incluindo a perda de um bebê devido à pré-eclâmpsia e descolamento de placenta. Por isso, o nascimento de Mateus foi acompanhado de apreensão. Durante a gravidez, a mãe precisou de quatro tipos de medicação para controlar a pressão alta e monitorava o bebê com ultrassons a cada dois dias.
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Com apenas 27 semanas, ela passou por uma cesárea de emergência. “Voltou um filme na minha cabeça e eu sentia medo de viver novamente a perda de um bebê, mas me mantive forte, principalmente na frente da Gislaine”, relembra Jardel em entrevista a Crescer.
Após o parto, Mateus foi entubado imediatamente e enfrentou sepse, hemorragia intracraniana e hidrocefalia, que exigiu duas cirurgias. Em uma delas, sofreu uma parada cardíaca revertida pela equipe. Durante a recuperação, também foi diagnosticado com broncodisplasia pulmonar e enterocolite, o que atrasou seu ganho de peso. “Costumo brincar que nosso coração foi testado de todas as formas, já que Mateus praticamente catalogou o livro de intercorrências do prematuro”, contou o pai.
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Para humanizar a longa internação, os profissionais organizaram pequenas vitórias: visitas da irmã Luiza, banhos na banheira, colo dos pais e, por fim, a saída ao jardim. O passeio ao jardim trouxe alegria para todos. “Primeiro para a família, porque demonstrava que a alta já estava próxima; para a equipe que acompanhou todo o processo, que se emociona e torce junto e, claro, para o Mateus, que viu a luz do sol, olhou para o céu, sentiu a brisa, descobriu árvores. Não existe planilha nem indicador, mas sabemos o quanto tudo isso faz bem”, relatou a terapeuta ocupacional Luciana Ribeiro do Prado.
Uma semana depois do passeio, Mateus recebeu alta e voltou para casa com os pais e a irmã. Segue em acompanhamento médico, mas a família celebra cada passo da recuperação.
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