George Wade, de 42 anos, morador de North Yorkshire, no Reino Unido, viveu uma reviravolta em sua vida após confundir sintomas graves com os efeitos de uma ressaca. Em março do ano passado, depois de participar de um evento de corridas de cavalos, George sentiu dores de cabeça intensas, sensibilidade à luz e lapsos de memória. Inicialmente, atribuiu os sintomas ao consumo de álcool. No entanto, seu estado piorou no mês seguinte, com fraqueza no lado esquerdo do corpo e queda facial, levando-o a suspeitar de um AVC.
Apesar de os primeiros exames não indicarem anomalias, a insistência de seu cunhado médico e da esposa o levou a realizar uma ressonância magnética. O resultado foi alarmante: dois tumores cerebrais foram encontrados. O maior, do tamanho de uma bola de tênis, estava no lado direito da cabeça; o segundo, menor, na região central. Médicos acreditam que o maior poderia estar se desenvolvendo há cerca de 20 anos.
O diagnóstico foi um choque para George, que passou por uma cirurgia de oito horas e enfrentou seis meses de quimioterapia, lidando com efeitos colaterais severos, como episódios de psicose induzida por esteroides. Os tumores foram identificados como astrocitomas, um tipo relativamente comum que se origina nos astrócitos, células de suporte do cérebro.
Apesar dos desafios, George adotou novos hábitos saudáveis. Com o apoio de um nutricionista, perdeu peso e voltou a correr. Seu histórico como maratonista — já havia completado 20 provas — o motivou a participar novamente da Maratona de Londres, onde arrecadou cerca de 50 mil libras para instituições de apoio a pacientes com tumores cerebrais.
Além disso, criou o projeto The Gavel Trail and Auction, que leiloa martelos de leilão personalizados por artistas, com renda revertida para causas relacionadas ao câncer cerebral. Hoje, George realiza exames trimestrais para monitorar sua condição, mas afirma se sentir mais saudável do que nunca e celebra o impacto positivo que sua jornada tem gerado na vida de outras pessoas.