Em um discurso contundente na abertura da Assembleia Geral da ONU, realizada em Nova York no dia 23 de setembro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez declarações polêmicas que causaram forte repercussão entre os líderes internacionais. Com críticas diretas à política de fronteiras abertas e à atuação da própria ONU, Trump afirmou que países que acolhem imigrantes de forma descontrolada estão “indo para o inferno”.
O presidente norte-americano destacou sua política migratória como um modelo de sucesso, alegando que o aumento da fiscalização e das deportações reduziu drasticamente a entrada de imigrantes ilegais nos Estados Unidos. “Quando passamos a deter e deportar todos que cruzavam a fronteira ilegalmente, simplesmente deixaram de vir”, declarou.
Trump também questionou a relevância da ONU no cenário global, insinuando que a organização tem sido ineficaz em suas funções. “É uma pena que eu tenha tido que fazer tantas coisas no lugar das Nações Unidas. Então, qual é o propósito da ONU?”, provocou, gerando reações de surpresa no plenário.
Apesar das críticas, o presidente buscou ressaltar conquistas de sua gestão na política externa, como o fim de sete “guerras sem fim” por meio da diplomacia. Ele chegou a sugerir que tais ações poderiam ser dignas de um Prêmio Nobel da Paz, embora tenha afirmado que sua prioridade é “salvar vidas”.
No combate ao narcotráfico, Trump relatou operações militares contra cartéis próximos à Venezuela e fez ameaças diretas a traficantes: “Nós vamos eliminá-los da existência”.
Curiosamente, antes de iniciar o discurso, Trump enfrentou pequenos contratempos técnicos, como uma escada rolante que parou repentinamente e uma falha no teleprompter. Ainda assim, manteve seu estilo combativo durante toda a apresentação.
Após o pronunciamento, o presidente adotou um tom mais conciliador ao lado do secretário-geral da ONU, António Guterres, declarando apoio à organização. “Nossa nação está 100% ao lado das Nações Unidas”, afirmou, ressaltando sua crença no potencial da instituição para promover a paz global.