A tensão entre a Rússia e a OTAN atingiu um novo patamar após recentes incidentes envolvendo violações de espaço aéreo e declarações agressivas de ambos os lados. O estopim foi a entrada de três caças russos MiG-31 no espaço aéreo da Estônia, permanecendo por cerca de 12 minutos. O governo estoniano classificou o ato como uma provocação sem precedentes e pediu uma resposta mais firme da aliança ocidental.
Moscou negou a acusação, alegando que suas aeronaves estavam em águas internacionais, mas a explicação não convenceu os países vizinhos. A Polônia também relatou uma grave violação, com dezenas de drones russos cruzando seu território. Alguns foram abatidos pelas forças armadas polonesas, levando o país a acionar o Artigo 4 do tratado da OTAN, que prevê consultas emergenciais entre os membros.
Em meio ao crescente clima de hostilidade, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que os países da OTAN deveriam derrubar aviões russos em caso de novas violações. A fala provocou uma reação imediata do Kremlin. Alexey Meshkov, embaixador russo na França, alertou que tal ação equivaleria a um confronto direto, com potencial de desencadear um conflito global. Ele ainda acusou a OTAN de também violar o espaço aéreo russo com frequência, sem sofrer retaliações.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, aproveitou o momento para reforçar os alertas sobre as intenções expansionistas do Kremlin. Em discurso na ONU, ele afirmou que a guerra iniciada na Ucrânia é apenas o começo e que a Rússia pretende ampliar o conflito por toda a Europa.
O cenário atual é marcado por provocações, interceptações e ameaças explícitas, o que coloca a Europa em estado de alerta máximo. Qualquer erro de cálculo ou ação precipitada pode desencadear uma escalada militar de proporções imprevisíveis, reacendendo temores de um conflito global.