
Zoe Shackleford, de 29 anos, moradora da Virgínia (EUA), viveu uma experiência quase fatal ao tentar abandonar o cigarro tradicional em busca de uma alternativa que julgava mais saudável: os cigarros eletrônicos, ou vapes. Ela começou a fumar aos 18 anos e, após quatro anos, migrou para os vapes recarregáveis, que usou por cerca de oito anos sem complicações.
No entanto, sua saúde se deteriorou rapidamente após trocar os dispositivos recarregáveis pelos modelos descartáveis, mais populares e práticos. Poucas semanas após a mudança, Zoe começou a sentir dor de garganta, seguida de dificuldade respiratória severa. Procurou atendimento médico em 17 de agosto, quando foi informada de que suas vias respiratórias estavam operando com apenas 50% da capacidade.
Internada por nove dias — quatro deles recebendo oxigênio suplementar — Zoe foi diagnosticada com pneumonite de hipersensibilidade, uma inflamação pulmonar causada por reação alérgica a substâncias inaladas. Exames apontaram que um componente químico presente nos vapes descartáveis estava provocando o fechamento de suas vias aéreas. Segundo os médicos, se ela tivesse demorado mais para buscar socorro, poderia não ter sobrevivido.
Após a alta, Zoe passou a usar medicamentos para asma e inaladores, e abandonou completamente o uso de cigarros, embora admita que a dependência ainda seja um desafio. Ela relata que sente falta do hábito, mas reconhece os riscos: “Essa foi uma das experiências mais assustadoras da minha vida. Sinceramente, não vale a pena. Algo tão simples quanto parar de usar vape pode salvar sua vida.”
O caso de Zoe acende o alerta sobre os perigos dos cigarros eletrônicos, especialmente os descartáveis. Embora muitas vezes promovidos como alternativas menos nocivas ao cigarro tradicional, esses dispositivos contêm substâncias químicas que podem desencadear reações graves no organismo. A história de Zoe reforça a importância de compreender os riscos envolvidos antes de optar por essas supostas alternativas “mais seguras”.