
Acordar frequentemente entre 2h e 3h da manhã pode ser mais do que uma simples perturbação do sono. Segundo o quiroprata e educador em saúde Dr. Eric Berg, esse padrão pode sinalizar desequilíbrios hormonais, especialmente relacionados ao cortisol — conhecido como o “hormônio do estresse”. Em seu canal, Berg compartilhou sua experiência pessoal com insônia severa, que o acompanhou por mais de uma década, e explicou que muitas pessoas enfrentam esse tipo de distúrbio sem compreender suas causas.
Normalmente, os níveis de cortisol devem estar mais baixos durante a madrugada, subindo gradualmente ao amanhecer para ajudar o corpo a despertar. No entanto, em pessoas com altos níveis de estresse ou ansiedade crônica, o hormônio pode atingir picos justamente durante a madrugada, interrompendo o sono e dificultando o descanso. Isso pode resultar em fadiga, irritabilidade e dificuldade de concentração ao longo do dia.
Berg também alerta que o uso contínuo de medicamentos para dormir pode agravar o problema. Como alternativa, ele recomenda o uso de glicinato de magnésio, um mineral que ajuda a regular o cortisol e promove um sono mais profundo. A deficiência de magnésio no organismo pode intensificar os efeitos do estresse, afetar o sistema cardiovascular e causar sintomas como náuseas, fraqueza e espasmos musculares.
Além disso, instituições como o NHS britânico reforçam a importância de adotar uma rotina noturna relaxante. Evitar luzes fortes e aparelhos eletrônicos antes de dormir, reduzir o consumo de cafeína e praticar técnicas de relaxamento são medidas simples que podem melhorar significativamente a qualidade do sono.
Em casos mais graves, o desequilíbrio do cortisol pode estar ligado a condições médicas como a síndrome de Cushing, exigindo avaliação profissional. Por isso, especialistas recomendam procurar ajuda médica sempre que o padrão de sono estiver comprometido ou acompanhado de outros sintomas físicos ou emocionais.