Um novo estudo conduzido pela OpenAI, empresa responsável pelo ChatGPT, revelou uma lista com 44 profissões que apresentam alto risco de serem substituídas por inteligência artificial nos próximos anos. A pesquisa utilizou o teste GDPval para avaliar a capacidade da IA em executar tarefas humanas em nove setores-chave da economia dos Estados Unidos, responsáveis por mais de 5% do PIB do país.
++ Milhares já estão lucrando enquanto dormem — descubra o segredo da IA
O levantamento mostrou que a automação está avançando de forma desigual entre os setores. No setor público, a IA superou os humanos em 52% dos casos, enquanto no setor imobiliário a taxa foi de 49%. Já áreas como jornalismo e informação mostraram maior resistência, com apenas 33% de tarefas automatizáveis, indicando que atividades criativas e analíticas ainda dependem fortemente do trabalho humano.
Entre as profissões mais vulneráveis estão desenvolvedores de software, advogados, contadores, auditores, enfermeiros, farmacêuticos, gerentes de vendas, produtores audiovisuais e até jornalistas. O setor financeiro também aparece com destaque, incluindo analistas de investimentos e consultores financeiros.
O estudo também aponta que áreas como saúde e mercado imobiliário estão entre as mais suscetíveis à substituição por algoritmos, que podem executar tarefas com maior precisão e rapidez. Até mesmo funções criativas, como edição de vídeo e produção de conteúdo, estão sendo impactadas por ferramentas de IA cada vez mais sofisticadas.
Em contraste com o cenário apresentado pela OpenAI, Bill Gates, cofundador da Microsoft, acredita que apenas três tipos de profissionais devem manter alta demanda no futuro: programadores, especialistas em energia e biólogos. Segundo ele, essas carreiras exigem raciocínio complexo, criatividade e conhecimento técnico — características ainda difíceis de replicar por máquinas.
Gates alerta que funções ligadas à administração de dados, atendimento ao cliente e linhas de montagem estão entre as mais ameaçadas, por envolverem tarefas repetitivas e previsíveis. Ele defende que o diferencial no futuro será a capacidade de usar a IA como aliada, potencializando habilidades humanas em vez de substituí-las completamente.
A conclusão do estudo é clara: a inteligência artificial está redesenhando o mercado de trabalho global, exigindo dos profissionais uma constante adaptação e aprendizado para coexistir com as novas tecnologias.