A ativista sueca Greta Thunberg, de 22 anos, voltou a ser alvo de críticas do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após ser deportada de Israel junto a outros manifestantes pró-Palestina. Greta participava da flotilha Global Sumud Flotilla (GSF), uma ação com 42 embarcações que buscava romper o bloqueio marítimo a Gaza e denunciar o que os organizadores chamam de genocídio contra o povo palestino. Após a interceptação da flotilha, ela foi enviada à Grécia, onde foi recebida com flores e declarou que a iniciativa foi a maior já feita para romper o cerco ilegal imposto por Israel.
O episódio ganhou repercussão internacional e levou Trump, de 79 anos, a atacar Greta durante uma reunião no Salão Oval. Ele a chamou de “encrenqueira”, “maluca” e sugeriu que ela teria “problemas de controle de raiva”. A ativista respondeu com ironia em suas redes sociais, agradecendo a “preocupação” de Trump com sua saúde mental e sugerindo que ele próprio poderia se beneficiar de recomendações médicas sobre o tema, dada sua própria conduta.
A troca de farpas entre os dois não é nova. Desde 2019, quando Greta discursou na Cúpula da Ação Climática da ONU, Trump tem feito comentários sarcásticos sobre ela. Na ocasião, ele ironizou seu discurso, e ela respondeu alterando sua biografia no Twitter de forma provocativa. O padrão se repetiu quando Trump criticou a escolha da revista TIME ao nomeá-la “Pessoa do Ano”, e Greta novamente respondeu com humor, adaptando sua biografia às palavras do ex-presidente.
Mais recentemente, Trump voltou a atacá-la após ela afirmar ter sido “sequestrada em águas internacionais” por Israel. Ele a chamou de “estranha” e voltou a sugerir que ela precisa de aulas de controle da raiva, minimizando as alegações de sequestro.
A relação conflituosa entre Greta e Trump simboliza o embate entre a juventude ativista e líderes políticos conservadores. Apesar das críticas recorrentes, Greta segue firme em sua postura, utilizando o sarcasmo como ferramenta de resistência e reafirmando seu compromisso com causas ambientais e humanitárias.