
Pesquisadores das universidades de Tilburg e Erasmus, na Holanda, divulgaram um estudo que aponta qual seria o limite máximo de idade que um ser humano pode atingir. A análise, baseada em registros de 75 mil pessoas que morreram na Holanda ao longo de 30 anos, revelou que, embora a expectativa média de vida varie entre 78 e 81 anos em países como Estados Unidos, Reino Unido e Canadá, o corpo humano tem potencial para viver bem mais.
Segundo os cientistas, a longevidade humana atinge um platô por volta dos 90 anos, mas isso não representa um limite absoluto. A partir da análise estatística detalhada, os pesquisadores concluíram que o teto biológico da vida humana está em torno dos 115 anos. Especificamente, as mulheres poderiam viver até 115,7 anos e os homens até 114,1 anos.
O professor John Einmahl, um dos autores do estudo, explicou que, apesar dos avanços na medicina e na qualidade de vida terem aumentado a média de vida da população, o limite máximo de idade permanece praticamente o mesmo, indicando uma barreira biológica ainda intransponível.
Entretanto, há exceções notáveis que desafiam esses limites. O japonês Jiroemon Kimura, por exemplo, viveu até os 116 anos e 54 dias, sendo reconhecido pelo Guinness World Records como o homem mais velho já registrado. Atualmente, a pessoa mais velha viva é Ethel Caterham, do Reino Unido, com 116 anos e 48 dias, sobrevivente da pandemia de COVID-19 e nascida ainda no reinado de Eduardo VII.
Esses casos mostram que, embora exista um teto teórico para a longevidade humana, a natureza ainda pode surpreender. A ciência continua investigando os fatores genéticos, ambientais e comportamentais que permitem a algumas pessoas ultrapassarem esse limite estimado.