Barbara Wiggins, de 58 anos, e sua filha Tanisha Wiggins, de 36, viveram um momento inesquecível em dezembro, quando subiram juntas ao palco para receber o diploma de graduação em Serviço Social pela Onondaga Community College, em Syracuse, Nova York. A dupla, que enfrentou desafios diferentes ao longo da vida, agora compartilha o mesmo orgulho: o de ter concluído o ensino superior juntas.
“Estou extremamente orgulhosa dela. Eu realmente a admiro”, disse Tanisha ao programa Good Morning America. “Quando comecei a estudar e minha mãe também estava na faculdade, foi um momento de muito orgulho para mim. Eu não achei que ela fosse para a faculdade logo depois de conseguir o GED. Ela disse: ‘Vou para a faculdade!’ e eu fiquei: ‘Sério?’ Ela respondeu: ‘Sim, eu consigo!’”, relatou.
++ Mulher confessa testar veneno em 10 cães antes de matar homem envenenado
Barbara, que trabalhou como doula e é mãe de cinco filhos e avó de doze netos, contou que decidiu voltar a estudar inspirada por outras pessoas que estavam conquistando espaço na educação. “Era sobre ajudar as pessoas e adquirir mais conhecimento. Eu não terminei o ensino médio, então precisei voltar para conseguir o GED. E adorei”, explicou.
Ela se matriculou na faculdade em 2021 e, mesmo se sentindo insegura no início por ser uma estudante mais velha, não desistiu. “Havia um garoto de 18 anos na minha turma. Eu disse: ‘Tenho um neto de 18 anos. Sou velha o suficiente para ser sua avó’. E todos começaram a rir”, contou Barbara, relembrando com bom humor o convívio com os colegas.
Durante o curso, ela recebeu apoio constante da família e dos professores. “No primeiro semestre, tive uma professora chamada Tina May. Ela colocava todos os alunos em grupos todos os dias, e a gente se conhecia fazendo perguntas, fingindo ser conselheiros. Foi maravilhoso. Assim, não me senti deslocada, porque ela tornava tudo muito fácil”, relatou.
++ Quatro sintomas na perna podem indicar câncer de pâncreas, alertam médicos
Tanisha, por sua vez, voltou à faculdade anos depois de interromper os estudos ainda na juventude. “Eu não estava pronta. Vivendo em um abrigo de transição, fui diagnosticada com depressão e estava sempre entrando e saindo do hospital. Isso me impediu de terminar os estudos”, contou.
A maternidade foi o impulso que faltava para retomar os sonhos. “Decidi voltar depois que tive meus filhos, porque percebi que precisava construir um futuro melhor para eles, para que tivessem um bom exemplo em casa”, disse Tanisha, que é mãe de duas crianças, de 2 e 1 ano.
Com o apoio da mãe e da creche oferecida dentro da própria instituição, ela conseguiu concluir o curso: “Foi muito difícil, mas consegui com o apoio da minha mãe e da creche. Sou muito grata, porque sem isso eu não teria conseguido”.
Para Barbara, a formatura representa uma mensagem de perseverança para as próximas gerações. “Não desisti porque, mesmo meus filhos já sendo adultos, tenho netos e não quero que desistam. Quero que saibam que, se eu consegui, eles também podem”, declarou.
A filha reforça o mesmo sentimento: “Minha mãe provou que todos estavam errados quando acharam que ela não conseguiria. Ela foi até o fim, frequentou as aulas todos os dias, não importava o clima. Ela não parou. Tenho muito orgulho dela”.
Hoje, Barbara incentiva outras pessoas a não adiarem seus planos. “Não pense demais, apenas faça. Se continuar pensando, vai repetir: ‘Eu não posso fazer isso’. Mas pode. Haverá dificuldades, mas você supera. Quando começa, conhece os professores e os colegas, percebe que valeu a pena. É excelente”, finalizou.
Não deixe de curtir nossa página no Facebook , no Twitter e também no Instagram para mais notícias do PaiPee.