Uma descoberta arqueológica no sul da Turquia está intrigando especialistas e religiosos. Durante escavações no sítio de Topraktepe, na antiga cidade de Eirenópolis, foram encontrados cinco pães carbonizados datados de cerca de 1.300 anos. Um dos pães possui a imagem de Jesus e uma inscrição em grego que, segundo estudiosos, significa “Com gratidão ao Bendito Jesus”. Os demais apresentam cruzes gravadas, sugerindo uso em cerimônias religiosas.
Preservados por um processo natural de carbonização – causado por exposição ao fogo com pouco oxigênio –, os pães mantêm detalhes impressionantes. Especialistas relacionam os achados ao versículo João 6:35, no qual Jesus afirma: “Eu sou o pão da vida”. Isso reforça a ideia de que, no período bizantino, o pão era mais do que alimento: representava um símbolo sagrado de fé e comunhão.
Embora haja indícios de que os pães tenham sido utilizados em práticas litúrgicas, como a Eucaristia, os pesquisadores ressaltam que ainda não há consenso definitivo. A hipótese de que a imagem de Jesus represente um “semeador” também é considerada, ligando simbolicamente a agricultura à espiritualidade cristã.
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O achado é considerado um dos mais bem preservados do tipo na região da Anatólia e pode oferecer novos insights sobre a religiosidade no Império Bizantino. No entanto, os estudiosos alertam que mais pesquisas são necessárias para confirmar as interpretações atuais.
A reportagem também menciona o Sudário de Turim, outro artefato frequentemente debatido. Testes de radiocarbono feitos em 1988 o dataram entre 1260 e 1390, sugerindo origem medieval. Contudo, uma análise por raios X publicada em 2022 indicou que o tecido poderia ser mais antigo, compatível com o tempo de Jesus. Essa nova hipótese, porém, ainda carece de validação científica ampla.
A descoberta dos pães carbonizados reforça o papel da arqueologia na reinterpretação de símbolos religiosos e no aprofundamento da compreensão sobre práticas espirituais de civilizações antigas.