Durante a cúpula de paz realizada em Sharm El-Sheikh, no Egito, que marcou a assinatura de um cessar-fogo entre Israel e Hamas, um momento tenso entre o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente francês, Emmanuel Macron, chamou atenção. Apesar do clima diplomático, o encontro entre os dois líderes foi marcado por um aperto de mãos prolongado e rígido, seguido por uma troca de palavras carregada de tensão.
Segundo a especialista em leitura labial Nicola Hickling, Trump iniciou a conversa com um tom aparentemente amistoso, perguntando se Macron havia concordado com algo previamente combinado. No entanto, a conversa rapidamente escalou para um tom mais agressivo. Trump teria questionado a sinceridade do francês e, ao receber uma resposta evasiva, apertou ainda mais a mão de Macron e afirmou: “Quero saber por que você me machucou. Eu já sei.”
O clima entre os dois já era tenso desde que Macron foi visto rindo com outros líderes europeus sobre uma gafe geográfica cometida por Trump. Na cúpula, a troca continuou com provocações. Trump disse: “Eu estou fazendo a paz”, ao que Macron respondeu com ceticismo. Trump então disparou: “Eu só machuco quem machuca os outros”, apontando para as câmeras. Macron respondeu com um aviso enigmático: “Você vai ver o que está para acontecer”, encerrando a conversa com Trump dizendo: “Quero ver você fazer isso. Vejo você em breve.”
Apesar do episódio, Trump celebrou publicamente o cessar-fogo como um “dia histórico”, destacando a libertação de reféns israelenses e a suspensão dos ataques na Faixa de Gaza. Contudo, evitou discutir a criação de um Estado palestino, focando na reconstrução de Gaza e propondo uma autoridade transitória sob sua liderança, chamada de “conselho da paz”.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, elogiou Trump, chamando-o de “o maior amigo de Israel”. Ainda assim, o episódio com Macron evidenciou as tensões persistentes entre aliados ocidentais, mesmo em momentos de aparente conciliação diplomática.