O que seria um ano de preparativos para o casamento e conclusão dos estudos virou uma corrida contra o tempo para Anabel Brenner Schleicher, de 26 anos, estudante de enfermagem em Geórgia, nos Estados Unidos. Em julho de 2025, a jovem foi diagnosticada com leucemia linfoblástica aguda de células T, quatro meses após perceber o surgimento de um linfonodo inchado no pescoço.
“Eu não tinha nenhum outro sintoma além do linfonodo. A principal preocupação era que mais linfonodos aumentavam continuamente, descendo pelo meu pescoço”, contou Anabel à revista People.
Após exames iniciais, os resultados laboratoriais não indicaram alterações e o otorrinolaringologista que a atendeu não demonstrou preocupação. “Ele me tranquilizou dizendo que o câncer era altamente improvável e que só estava pedindo a biópsia por precaução, já que os linfonodos estavam teimosos”, disse.
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A primeira amostra, porém, foi perdida no laboratório, o que atrasou o diagnóstico. “O laboratório deixou minha amostra expirar; portanto, ela não pôde ser usada”, relatou. A segunda biópsia foi realizada em 1º de julho, mas, antes disso, Anabel começou a notar manchas roxas nas pernas, o que levou o médico a pedir novos exames de sangue.
Os resultados mostraram uma queda acentuada nas plaquetas, e ela foi encaminhada a um hematologista. Em 28 de julho, veio a confirmação de um tipo agressivo de câncer que afeta o sangue e a medula óssea.
Poucos dias depois, ela foi informada de que precisaria iniciar um tratamento intensivo no hospital. Com o casamento programado para setembro, Anabel e o noivo decidiram se casar imediatamente, cancelando a cerimônia, as festas e a lua de mel. Com ajuda da família e dos amigos, o casal organizou uma pequena celebração em menos de 12 horas, e o casamento aconteceu em 30 de julho, um dia antes da internação.
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Atualmente, Anabel está fazendo quimioterapia. O tratamento segue outras três etapas até alcançar a manutenção, prevista para durar cerca de dois anos. “Haverá dias bons e ruins, e tudo bem se permitir ficar triste nos dias ruins. O importante é se apoiar nas pessoas certas”, afirmou.
Mesmo com a rotina social limitada por causa da imunidade baixa, ela diz ter aprendido a lidar com as mudanças impostas pela doença. “Curta os dias bons e encontre o positivo sempre que puder; cada sessão de quimioterapia é uma a menos e um passo em direção à linha de chegada”, disse a estudante.
Determinada a vencer a batalha, Anabel resume sua atitude diante do diagnóstico em uma frase: “O câncer vai se envergonhar por ter me escolhido”.
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