Após a megaoperação policial realizada nesta terça-feira (28/10) nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, diversos políticos da direita intensificaram as críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), associando suas declarações recentes ao apoio ao crime organizado. A ação policial, que mobilizou 2,5 mil agentes e resultou em mais de 80 prisões e pelo menos 22 mortes, serviu como pano de fundo para os ataques.
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As críticas se baseiam em uma fala de Lula feita durante um compromisso na Indonésia, onde afirmou que traficantes também são vítimas dos usuários de drogas. A declaração foi rapidamente rebatida por figuras da oposição, como o ex-senador Deltan Dallagnol, que ironizou o presidente nas redes sociais, dizendo que, enquanto o crime usa drones com explosivos, Lula culpa os usuários de drogas.
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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) também se manifestou, criticando a reação da mídia e da esquerda quando ele sugeriu atacar embarcações de traficantes. Já Carlos Bolsonaro, vereador do Rio, lembrou que o governo Lula recusou, em maio de 2025, uma proposta dos Estados Unidos para classificar as facções PCC e Comando Vermelho como grupos terroristas, justificando que a legislação brasileira não permite tal enquadramento.
Outro parlamentar do PL-RJ afirmou que a violência do crime organizado é sustentada por um sistema penal brando, corrupção e decisões políticas equivocadas. O deputado Nikolas Ferreira também se pronunciou, assim como Rubinho Nunes, que comparou a situação do Rio a uma zona de guerra, criticando a fala de Lula sobre traficantes.
A megaoperação foi coordenada pela Polícia Civil e Militar do Rio de Janeiro, com apoio do governo estadual. A ação teve como alvo o Comando Vermelho e contou com grande aparato de segurança. A fala de Lula, que buscava discutir o papel dos usuários no tráfico, acabou sendo interpretada por opositores como um aceno ao crime, gerando forte repercussão entre líderes da direita.
