Na manhã desta terça-feira (28), uma ampla operação mobilizou 2.500 agentes das forças de segurança do Rio de Janeiro nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte da capital fluminense. A ação, considerada a maior já realizada no estado, teve como alvo integrantes do Comando Vermelho (CV), que responderam com barricadas em chamas, bombas lançadas por drones e intensos tiroteios.
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Até o momento, as autoridades confirmaram 81 prisões e 60 mortes, incluindo quatro agentes de segurança — dois policiais civis e dois militares. Um dos civis mortos foi o delegado Marcos Vinicius Cardoso Carvalho, conhecido como Máskara, chefe da 53ª DP em Mesquita. Outro policial civil, Rodrigo Velloso Cabral, da 39ª DP (Pavuna), também perdeu a vida durante a operação.
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Durante a coletiva de imprensa no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), o governador Cláudio Castro afirmou que a ação foi planejada para ocorrer em áreas de mata, com o objetivo de evitar riscos à população. Ao mesmo tempo, foi anunciada a prisão de Thiago do Nascimento Mendes, o “Belão do Quitungo”, apontado como braço direito de Edgard Alves de Andrade, o Doca, uma das principais lideranças do CV.
A operação, batizada de “Contenção”, teve como objetivo o cumprimento de 51 mandados de prisão e contou com o apoio do Bope, Core e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência do MPRJ. O Ministério Público denunciou 67 pessoas por envolvimento com o tráfico, sendo três também acusadas de tortura.
Segundo o MP, o Complexo da Penha, por sua localização estratégica próxima a vias expressas, é fundamental para o escoamento de drogas e armas. A facção criminosa usava a região como base para expandir seu domínio, especialmente em áreas da zona oeste, como Gardênia Azul e César Maia.
Entre os denunciados estão também Pedro Paulo Guedes (Pedro Bala), Carlos Costa Neves (Gadernal) e Washington Cesar Braga da Silva (Grandão), responsáveis por comandar operações do tráfico, definir escalas de vigilância e ordenar execuções. Outros 15 acusados atuavam em funções gerenciais, enquanto o restante fazia parte da linha de frente armada do grupo criminoso.

