Simone Williamson, de 42 anos, viveu anos com fortes enxaquecas que eram tratadas como simples dores de cabeça. Moradora de Birmingham, na Inglaterra, ela só descobriu a verdadeira causa em 2018, quando uma crise intensa a levou ao hospital com sintomas semelhantes a um AVC.
“Eu estava sendo dispensada pelos médicos com as enxaquecas. Diziam: ‘Não há nada que possamos fazer’. Mas naquele dia, apresentei um quadro de derrame”, contou Simone ao PA Real Life. Ela foi levada de ambulância ao pronto-socorro e, após exames, recebeu um diagnóstico que mudou sua vida: mieloma, um tipo de câncer no sangue incurável.
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Na época, os testes revelaram lesões nos ossos, buracos nas costelas, pelve, coluna e pontos amolecidos no crânio, causadas pelo enfraquecimento ósseo provocado pela doença. “Meu diagnóstico foi uma descoberta acidental. Acho que aquela enxaqueca foi a minha salvação”, afirmou.
O mieloma é o câncer hematológico mais comum entre pessoas negras, segundo a organização Myeloma UK. Os sintomas, como dores nas costas, fraturas frequentes, fadiga e infecções, são inespecíficos e muitas vezes confundidos com sinais de envelhecimento.
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Desde o diagnóstico, Simone passou por vários ciclos de quimioterapia, transplante de células-tronco e dois períodos de remissão. Hoje, ela está em novo tratamento e lidera a campanha Knowledge is Power (“Conhecimento é Poder”), que busca ampliar a conscientização sobre o câncer de sangue na comunidade afro-caribenha.
“Quando fui diagnosticada há sete anos, os folhetos mostravam apenas pessoas idosas sorrindo. Nada era falado na comunidade negra, mas agora há um movimento forte por mais representatividade. Quero que as pessoas entendam que ter câncer não é motivo de vergonha”, disse.
Simone vive com o marido, Aaron, e diz ser grata por estar viva: “Agora sou grata pelas menores coisas. Estar aqui, com minha família, criando memórias. isso sempre foi importante, mas hoje é ainda mais”.
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