A pequena Laura Petry Piotto, de 10 anos, de São Paulo, encerrou em outubro o tratamento contra a Leucemia Linfoide Aguda do tipo B, após quase três anos de luta e mais de 100 sessões de quimioterapia. O diagnóstico veio em março de 2023, quando ela tinha apenas 7 anos. A identificação precoce da doença foi feita por sua mãe, Daniela Gerent Petry Piotto, 47, pediatra hematologista, o que possibilitou o início rápido da terapia.
“A última sessão trouxe uma sensação indescritível. De gratidão, de vitória, que vencemos o câncer. Era o fim de uma batalha e o começo de uma nova vida”, relatou Daniela, em entrevista à revista Crescer.
A leucemia linfoblástica aguda (LLA) tipo B é um tipo de câncer que afeta os glóbulos brancos, responsáveis por combater infecções. Segundo a médica, Laura entrou em remissão apenas 20 dias após o início do tratamento, um sinal positivo que indicava resposta rápida ao protocolo.
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“O tratamento é longo, dura em média 2 a 3 anos e dividido em blocos sequenciais, cada um com objetivos [diferentes]. Depois da primeira fase de indução, que dura cerca de quatro a seis semanas, o objetivo é eliminar as células leucêmicas da medula óssea e alcançar a remissão completa (sem células doentes detectáveis)”, contou a mãe.
Em agosto de 2024, Laura conseguiu retomar a rotina escolar, ainda que de forma parcial, já que continuava com sessões semanais de quimioterapia intravenosa. “Não é um tratamento fácil. Muda completamente a rotina da criança e da família”, explicou Daniela.
Durante o processo, a mãe procurou explicar cada etapa de forma acessível à filha. “Ela sabia que era matar as células do mal que causaram a doença e que ajudava ela a ser curada. Levávamos livros, jogos e tarefas da escola. Tornávamos o momento o mais leve possível”, disse.
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A última sessão aconteceu em 22 de outubro. “Saímos do hospital em direção a uma churrascaria, porque a Laura ama uma picanha. Foi muito bacana, pois enfeitamos o carro com os seguintes dizeres que Laura pediu: ‘Venci o câncer! Buzine’. Ao passar na Avenida 23 de Maio sentimos a emoção de muitos sons de buzina e carinho das pessoas. Deu uma sensação de que ainda existem pessoas empáticas no mundo”, contou Daniela.
Agora, Laura segue apenas com acompanhamento médico mensal e exames regulares. “Ela é considerada imunossuprimida (com a defesa mais baixa) por cerca de seis meses após o término da quimioterapia. Depois, essas consultas vão sendo progressivamente espaçadas, primeiro a cada dois ou três meses, depois a cada seis até completar cinco anos de acompanhamento, quando, enfim, a criança é considerada curada em caráter definitivo”, concluiu a mãe.
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