O caso da soldado britânica Jaysley Beck, de 19 anos, voltou a chamar atenção com a condenação de Michael Webber, sargento do Exército que admitiu ter abusado da jovem durante uma confraternização em julho de 2021. O militar, com o dobro da idade da vítima, organizou um jogo de bebida e, durante o evento, tocou a perna de Jaysley e tentou beijá-la à força.
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No dia seguinte, a jovem relatou o ocorrido a seus superiores, mas a denúncia nunca foi encaminhada à polícia. Meses depois, Jaysley tirou a própria vida, trazendo à tona críticas severas sobre como as Forças Armadas do Reino Unido lidam com casos de abuso em suas fileiras.
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Durante o julgamento realizado neste mês, Webber foi condenado a seis meses de prisão. Antes da sentença, os pais da soldado se pronunciaram. Anthony Beck, pai de Jaysley, descreveu o impacto devastador que o abuso teve sobre a filha, dizendo que ela perdeu a confiança nas pessoas e que o brilho em seus olhos desapareceu após o ataque.
A mãe da jovem, Leighann McCready, também falou no tribunal, afirmando que a agressão destruiu a fé da filha no sistema que deveria protegê-la. Ela acredita que o modo como o caso foi tratado contribuiu diretamente para o desfecho trágico.
O juiz Alan Large descreveu os atos cometidos por Webber, destacando que ele tentou beijar a soldado, tocou sua perna e a fez se sentir insegura até mesmo para retornar ao alojamento. O magistrado reconheceu a coragem de Jaysley ao tentar interromper a situação e buscar ajuda.
Após a confissão de Webber, Leighann divulgou uma nota agradecendo por evitar um julgamento prolongado, mas lamentou a demora na responsabilização. Ela ressaltou que a filha seguiu todos os procedimentos ao denunciar o caso, mas que ainda assim foi negligenciada pelas autoridades militares.

