Em 2018, a britânica Roisín Pelan ouviu dos médicos que teria apenas três anos de vida após a volta do câncer de mama em estágio avançado. Sete anos depois, aos 43, ela continua desafiando as estatísticas e celebrando novos exames sem sinais da doença.
Natural de Lancashire, na Inglaterra, Pelan foi diagnosticada pela primeira vez em 2014, quando estava grávida da filha Lily, hoje com 11 anos. Na época, ela sentiu um nódulo do tamanho de uma azeitona no seio, o que levou a uma cirurgia de emergência e ao parto antecipado. Seis dias após o nascimento da filha, passou por uma mastectomia e iniciou o tratamento com seis sessões de quimioterapia.
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Após receber a notícia de que estava livre do câncer, Pelan acreditou ter encerrado o ciclo. No entanto, quatro anos depois, em janeiro de 2018, voltou a sentir dores na região onde havia sido operada e identificou outro nódulo no pescoço. “Eu sabia que tinha voltado”, contou à Newsweek.
O novo diagnóstico confirmou um câncer de mama metastático em estágio 3C, com tumores em vários gânglios linfáticos, do braço ao pescoço. “Eu não tinha nenhuma esperança no coração. Achei que seria escuridão total a partir dali”, afirmou.
Mesmo com o prognóstico reservado, ela decidiu lutar por um tratamento mais agressivo e insistiu na cirurgia para remover o tumor. “Meu oncologista me colocou em todos os medicamentos possíveis. Eu ia toda semana, por 24 semanas, para 18 rodadas de quimioterapia”, contou.
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Em setembro do mesmo ano, o exame de tomografia por emissão de pósitrons (PET scan) mostrou resultados completamente limpos e desde então, todos os exames têm se mantido assim. No ano seguinte, Pelan e o marido adotaram um menino recém-nascido, Bill, hoje com seis anos. “Ele nasceu para nós. Ele é hilário e um menino perfeito”, disse.
Atualmente, ela segue em tratamento contínuo, tomando Palbociclib, um medicamento quimioterápico oral, junto com terapia hormonal, para evitar que células microscópicas voltem a se desenvolver. “Mesmo que o câncer não esteja ativo agora, o tratamento ajuda a impedir que ele cresça ou se espalhe novamente”, explicou.
Além da recuperação, Pelan criou a instituição Fighting to be Heard, voltada a apoiar financeiramente e oferecer acolhimento a mulheres que convivem com o câncer de mama metastático. Ela também publicou um livro infantil e costuma compartilhar sua rotina nas redes sociais.
Em um post recente no Instagram, ela refletiu sobre a própria trajetória: “É impossível não pensar nos primeiros dias, quando eu não sabia se chegaria até aqui. Tem sido emocionante”.
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