Larissa Gonzalez, de 26 anos, nunca imaginou que passaria de enfermeira a paciente internada no mesmo hospital em que trabalhava, no Texas. No sétimo mês de gestação, ela precisou passar por uma cesariana de emergência e deu à luz o filho, Caleb, oito semanas antes do previsto. O bebê permaneceu 31 dias internado na UTI neonatal e essa vivência acabou mudando o rumo da carreira de Larissa.
“Eu quero ser aquela que ajuda essas famílias e esses bebês a darem o próximo passo, a terem o começo que precisam”, disse a enfermeira em entrevista à People.
Antes do parto, Larissa trabalhava no setor de terapia intensiva do CHRISTUS Spohn Hospital Corpus Christi – South. Ela contou que sempre recusou a ideia de atuar com recém-nascidos. “Eu dizia: ‘Eu não consigo trabalhar com bebês, eles são muito pequenos, de jeito nenhum’”, relembrou.
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Tudo mudou em abril de 2023, quando o parto prematuro aconteceu no Driscoll Children’s Hospital. “Eu estava acostumada a estar do outro lado do estetoscópio, e não como paciente”, contou. Durante a internação, a família manteve o chá de bebê por videochamada para apoiá-la à distância.
O nascimento de Caleb foi seguido por horas de espera até que Larissa pudesse vê-lo. “Eu imaginava o contato imediato, pele com pele, logo depois do parto. E tudo isso me foi tirado”, disse. Ao vê-lo pela primeira vez, dentro de uma incubadora, descreveu o momento como “uma experiência fora do corpo”.
Durante o período de internação, ela enfrentou um dos dias mais difíceis, a alta hospitalar sem o filho. “Foi o dia mais duro”, disse. Mas o apoio da equipe da UTI neonatal foi fundamental: “Todos os dias eu percebia que as pessoas ali queriam que eu e meu bebê tivéssemos a melhor experiência possível”.
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Com o tempo, Larissa e o marido, Cris, criaram uma rotina de visitas diárias ao filho, divididas entre turnos de manhã e à tarde. O contato com os profissionais que cuidaram de Caleb despertou nela uma nova vocação: “Cada vez que eu saía do elevador, sentia um chamado, pensava: ‘Eu sinto falta deles, me pergunto como estão’”.
Poucos meses depois, ela decidiu deixar a UTI de adultos e passou a trabalhar na unidade neonatal. “Eu amo o que faço agora. Nunca mais trabalharia com adultos. Os bebês só choram, não reclamam, não são rudes. É um mundo completamente diferente da enfermagem”, contou.
Hoje, Larissa atua na mesma UTI neonatal onde o filho ficou internado e está cursando pós-graduação para se tornar enfermeira neonatal. “Quero ser apoio para outras famílias. Se eu puder ser uma fagulha positiva na experiência de outra mãe, é isso o que faz tudo valer a pena”, afirmou. Sobre o que deseja transmitir às famílias que acompanha, Larissa é categórica: “Elas nunca estão sozinhas nessa jornada”.
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