Banho diário: uma escolha cultural mais do que médica. (Foto: Instagram)
Uma nova pesquisa reacendeu a discussão sobre a frequência ideal de banhos. De acordo com especialistas em dermatologia, a prática de tomar banho todos os dias não é uma exigência médica, mas sim um hábito cultural que pode não ser adequado para todos os tipos de pele e estilos de vida.
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Pesquisadores vinculados à Harvard Health Publishing afirmam que, para a maioria das pessoas saudáveis, tomar banho duas ou três vezes por semana é suficiente para manter a higiene sem prejudicar a saúde da pele, especialmente em regiões mais secas ou frias.
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O dermatologista James Hamblin, autor do livro Clean: The New Science of Skin, defende que banhos frequentes com sabão e água quente removem os óleos naturais da pele e afetam o microbioma cutâneo, responsável por proteger contra infecções e manter o equilíbrio da pele. Segundo ele, a pele precisa conservar certo nível de oleosidade para funcionar corretamente.
Hamblin também destaca que a maneira como se toma banho tem mais impacto do que a quantidade. Ele recomenda evitar água muito quente, banhos longos e sabonetes agressivos. Em vez disso, sugere banhos curtos com água morna e produtos suaves para quem prefere manter a rotina diária.
A plataforma médica WebMD acrescenta que fatores como idade, tipo de pele e hábitos diários devem ser levados em conta. Indivíduos que se exercitam com frequência ou vivem em climas quentes podem precisar de banhos mais regulares, enquanto pessoas com pele sensível ou que passam o dia em ambientes fechados podem espaçar mais os banhos.
Especialistas da University Hospitals, nos Estados Unidos, reforçam que adultos mais velhos, cuja pele tende a ser mais ressecada, se beneficiam ao tomar banho a cada dois ou três dias, prevenindo irritações e rachaduras.
Apesar da flexibilização na frequência, os profissionais concordam que áreas como axilas, pés, rosto e virilha devem ser higienizadas diariamente, mesmo quando se opta por banhos menos frequentes.
A conclusão dos especialistas é que a necessidade de higiene corporal varia conforme as características individuais. Assim, o equilíbrio entre limpeza e saúde da pele depende mais do autoconhecimento do que de uma rotina fixa.
