
Enfermeiro é condenado à prisão perpétua por matar pacientes em hospital na Alemanha. (Foto: Instagram)
Um caso perturbador abalou a Alemanha após um enfermeiro confessar ter tirado a vida de dez pacientes idosos com injeções letais, alegando que estava sobrecarregado com suas tarefas. O crime aconteceu em um hospital na cidade de Aachen e gerou consternação nacional diante da frieza com que o profissional agiu.
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O enfermeiro, cuja identidade não foi revelada, foi condenado à prisão perpétua em 5 de novembro, após ser considerado culpado por matar dez pessoas e tentar assassinar outras 27. De acordo com o Ministério Público, ele utilizava doses letais de morfina e midazolam — substâncias normalmente empregadas para aliviar dores e induzir sedação — em pacientes, a maioria em cuidados paliativos.
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As investigações apontam que os homicídios ocorreram entre dezembro de 2023 e maio de 2024. Promotores destacaram que o enfermeiro demonstrava impaciência com pacientes que demandavam maior atenção e apresentava traços de insensibilidade, agindo como se tivesse autoridade para decidir sobre a vida e a morte.
O tribunal de Aachen classificou os atos como de “culpa de gravidade excepcional”, o que praticamente elimina a possibilidade de liberdade condicional, mesmo após 15 anos de detenção, como prevê a legislação alemã. A severidade dos crimes faz com que qualquer revisão da pena seja extremamente improvável.
Empregado no hospital desde 2020 e formado em enfermagem desde 2007, o acusado pode estar ligado a outros casos ainda não esclarecidos. As autoridades anunciaram que novos corpos serão exumados para investigar possíveis vítimas adicionais, o que pode levar a novos processos judiciais.
Apesar da pena máxima, o réu ainda pode recorrer da decisão, e seus advogados já indicaram que pretendem fazê-lo. Um porta-voz do tribunal afirmou que, embora as provas sejam robustas, a defesa buscará reavaliar o julgamento.
O caso trouxe à tona lembranças do enfermeiro Niels Hoegel, condenado em 2019 por matar 85 pacientes na Alemanha. À época, o juiz classificou o comportamento de Hoegel como “incompreensível”.
Mais uma vez, o país se vê diante da difícil tarefa de entender como um profissional da saúde, cuja missão é preservar vidas, foi capaz de transformar um hospital em cenário de mortes deliberadas e silenciosas.

