Deputados da Comissão de Supervisão da Câmara dos Estados Unidos divulgaram nesta quarta-feira (12/11) uma série de e-mails trocados por Jeffrey Epstein, nos quais o empresário falecido afirma que o presidente Donald Trump tinha ciência de casos envolvendo garotas menores de idade. As mensagens foram publicadas por parlamentares opositores de Trump e fazem referência direta à relação entre o presidente e Epstein.
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Nos e-mails, Epstein escreve para Ghislaine Maxwell, sua parceira e condenada a 20 anos de prisão por tráfico sexual, e também para o autor Michael Wolff. Ele relata episódios em que Trump teria convivido com vítimas do esquema de exploração. Em uma das mensagens, datada de 2011, Epstein afirma que o presidente esteve em sua casa por horas na companhia de uma das meninas envolvidas.
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Epstein descreve Trump como um “cachorro que não latiu”, sugerindo que, embora presente, o presidente nunca foi diretamente implicado nas investigações. Em outro e-mail, de 2019, Epstein afirma que Trump sabia das meninas e teria pedido a Maxwell que encerrasse sua atuação. Ele também menciona que Trump solicitou sua saída de um clube em Mar-a-Lago, embora o próprio Epstein negue ter sido membro do local.
Em 2015, Michael Wolff alertou Epstein de que a CNN pretendia questionar Trump sobre sua ligação com o empresário. Epstein respondeu perguntando como o presidente deveria reagir, ao que Wolff sugeriu deixá-lo “se enforcar sozinho”, indicando que uma negativa de Trump poderia ser usada como vantagem estratégica por Epstein.
Apesar das alegações, Trump nega qualquer envolvimento com as atividades criminosas de Epstein. No entanto, registros mostram que os dois mantiveram uma relação próxima nos anos 1990 e início dos anos 2000, frequentando festas e eventos sociais juntos. Em 2002, Trump chegou a elogiar Epstein, dizendo que ele “gostava de mulheres jovens”.
Diante das revelações, o deputado democrata Robert Garcia exigiu que a procuradora-geral Pam Bondi libere todos os arquivos relacionados ao caso. Segundo ele, a Casa Branca estaria tentando encobrir o envolvimento de Trump com Epstein, e os democratas prometem continuar pressionando pela transparência.

