
Entrada do estreito túnel onde John Edward Jones ficou preso na Nutty Putty Cave, agora selada e transformada em memorial. (Foto: Instagram)
Em 2009, um dos casos mais angustiantes da história da espeleologia aconteceu na Nutty Putty Cave, em Utah, nos Estados Unidos. John Edward Jones, estudante de medicina de 26 anos, perdeu a vida em condições extremamente claustrofóbicas durante uma expedição com o irmão e amigos.
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O grupo tentava alcançar uma área mais ampla da caverna, seguindo mapas incompletos. No entanto, John entrou por engano em um túnel não mapeado, com apenas 25 cm de largura e 45 cm de altura. Ao tentar se virar, ficou preso de cabeça para baixo, o que dificultava sua respiração e o empurrava ainda mais para dentro da fenda a cada tentativa de se mover.
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Seu irmão foi buscar ajuda imediatamente, e equipes especializadas chegaram ao local. No entanto, o espaço era tão estreito que o uso de equipamentos era quase impossível. Uma tentativa de resgate com cordas e roldanas acabou empurrando John ainda mais para o interior do túnel.
Durante várias horas, John permaneceu consciente e conversou com os socorristas. Em um momento marcante, ele teria dito: “Vou morrer aqui. Eu não vou sair daqui, vou?”. Brandon Kowallis, o último a vê-lo com vida, criou em 2024 uma simulação virtual da caverna, mostrando as condições que tornaram o resgate tão difícil.
A simulação revela corredores estreitos e inclinados, onde era preciso rastejar. O trecho mais crítico, conhecido como “canal de nascimento”, é mostrado em detalhes e evidencia o quão restrito era o espaço onde John ficou preso.
Nos comentários do vídeo, internautas expressaram choque com o ambiente da caverna. Muitos questionaram os riscos envolvidos em explorar lugares tão apertados. Kowallis explicou que, devido à posição de John e ao peso de 95 quilos, o resgate era praticamente inviável.
Após o incidente, as autoridades optaram por selar permanentemente a Nutty Putty Cave, deixando o corpo de John no local. A caverna foi transformada em um memorial, lembrando os perigos das profundezas que ele jamais conseguiu deixar.

