
Nova ciência do sono: sete horas por noite pode ser o ideal para a maioria dos adultos. (Foto: Instagram)
Durante décadas, acreditou-se que dormir oito horas por noite era essencial para a saúde de adultos. No entanto, estudos recentes nas áreas de medicina do sono, biologia evolutiva e epidemiologia indicam que a média ideal para a maioria das pessoas gira em torno de sete horas. Dormir menos ou mais do que isso pode elevar os riscos à saúde, formando uma curva estatística em formato de U.
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Pesquisas com comunidades sem eletricidade e bancos de dados modernos mostram que o corpo humano opera bem dentro de uma faixa flexível de sono. A noção de que oito horas são obrigatórias é considerada por especialistas como uma construção cultural recente, influenciada por mudanças sociais da Era Industrial.
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O biólogo de Harvard Daniel E. Lieberman observa que em populações sem acesso à luz artificial, o padrão de sono noturno varia entre seis e sete horas, sem cochilos diurnos. Ele associa o mito das oito horas à padronização dos horários de trabalho e à introdução da iluminação elétrica. Segundo ele, o menor risco de mortalidade aparece em pessoas que dormem cerca de sete horas por noite.
Especialistas como a pesquisadora Rebecca Robbins explicam que a regra das oito horas se popularizou por ser fácil de lembrar, mas não reflete a realidade fisiológica. O mais importante, segundo ela, é manter rotinas consistentes e criar um ambiente propício ao descanso. A Academia Americana de Medicina do Sono e a Mayo Clinic recomendam, como ponto de partida, sete horas por noite.
Análises do U.K. Biobank e outros estudos populacionais reforçam a associação entre sono insuficiente ou excessivo e problemas como doenças cardíacas, distúrbios metabólicos e envelhecimento precoce. Dormir mais de nove horas com frequência também pode indicar problemas de saúde subjacentes.
Por fim, especialistas recomendam priorizar a qualidade do sono, com medidas como manter horários regulares, evitar luz azul à noite e controlar o ambiente do quarto. Em vez de buscar uma fórmula fixa, é mais eficaz adaptar o sono às necessidades individuais, com sete horas servindo como referência segura para a maioria dos adultos.


