
Esteatose hepática afeta um terço dos brasileiros e preocupa especialistas (Foto: Instagram)
A esteatose hepática, conhecida popularmente como gordura no fígado, atinge cerca de um terço da população brasileira, de acordo com a Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH). Apesar da alta incidência, a maioria das pessoas desconhece como diagnosticar a condição: 61% dos brasileiros nunca fizeram ou não sabem quais exames detectar a doença, segundo levantamento do Instituto Datafolha em parceria com uma empresa do setor de saúde.
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O estudo também investigou os hábitos mais associados ao desenvolvimento da esteatose. O excesso de peso foi apontado por 58% dos entrevistados como o principal fator de risco, seguido pelo consumo de bebidas alcoólicas, citado por 46% dos participantes. Além disso, muitos ainda confundem gordura no fígado com cirrose, uma doença crônica que pode surgir como consequência da ingestão excessiva de álcool.
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Segundo o hepatologista Rodrigo Rêgo Barros, de Recife, o álcool é um dos principais agravantes da esteatose hepática. Ele explica que o tipo da bebida é irrelevante — o problema está na quantidade de álcool ingerida. Quanto maior o consumo semanal, maior o risco de desenvolver ou agravar a gordura no fígado.
O médico acrescenta que o álcool possui alto teor calórico e é tóxico para o fígado, levando o órgão a desenvolver uma camada de gordura como forma de defesa. Esse processo pode causar inflamações, estresse celular e fibrose — um endurecimento do fígado que pode evoluir para cirrose. Ele também alerta que não há bebidas alcoólicas "menos prejudiciais": mesmo aquelas com baixo teor alcoólico, como cerveja, costumam ser consumidas em grandes quantidades, o que mantém o risco elevado.
A esteatose hepática é uma condição silenciosa, mas que pode trazer sérias consequências se não for diagnosticada e tratada adequadamente. A adoção de hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada e redução do consumo de álcool, é essencial para prevenir e reverter o quadro.

