Jorge Messias adota cautela antes de diálogo com o Senado sobre indicação ao STF (Foto: Instagram)
O advogado-geral da União, Jorge Messias, nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu adotar uma postura cautelosa antes de buscar diálogo com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). Segundo pessoas próximas, Messias quer aguardar o momento certo para abordar Alcolumbre, esperando que o senador esteja mais tranquilo emocionalmente.
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A decisão de Messias ocorre em meio à insatisfação de Alcolumbre com a escolha de Lula. O senador defendia a indicação de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para o STF. Como presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Alcolumbre tem o poder de definir quando a sabatina do indicado será realizada, o que torna sua boa vontade essencial para o avanço da nomeação.
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Em conversa com senadores aliados, Messias afirmou desejar manter uma relação harmoniosa com Alcolumbre, dizendo que pretende ser "um amigo para a vida toda" do parlamentar. A declaração foi interpretada como um gesto de conciliação, em meio às tensões políticas provocadas pela indicação.
A situação de Messias no Senado se torna ainda mais delicada com a recente prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro. A detenção do ex-mandatário, ocorrida no dia 22 de novembro, deve acirrar o clima político e aumentar as dificuldades de aprovação do nome de Messias.
Dentro do governo, a avaliação é de que o ambiente no Congresso Nacional tende a ficar mais tenso, o que pode impactar diretamente o processo de sabatina no Senado. A expectativa é que os senadores aproveitem o momento para questionar Messias não apenas sobre sua trajetória jurídica, mas também sobre temas sensíveis, como a prisão de Bolsonaro.
Aliados do advogado-geral já se preparam para enfrentar uma sabatina mais dura, prevendo que o episódio envolvendo o ex-presidente será amplamente explorado durante as discussões. A estratégia, portanto, é manter o diálogo aberto e buscar apoio político para garantir a aprovação no Senado.
