
Especialistas debatem inovação e transparência na 1ª Conferência Nacional de Contabilidade Pública em Aracaju. (Foto: Instagram)
A primeira edição da Conferência Nacional de Contabilidade Pública (CNCP), realizada nos dias 18 e 19 de novembro em Aracaju, reuniu especialistas, servidores e profissionais da área contábil para debater os rumos da contabilidade no setor público. O evento foi promovido pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) em colaboração com a Academia Sergipana de Ciências Contábeis. Na abertura, o presidente do CFC, Aécio Prado Dantas Júnior, destacou que o fortalecimento da contabilidade é essencial para melhorar a eficiência do Estado.
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Com o tema “Governança e Transparência para uma Gestão Pública Inovadora e Sustentável”, a conferência ofereceu 24 painéis técnicos simultâneos em um formato inovador de “palestras silenciosas”. A proposta permitiu que mais de mil participantes escolhessem os temas de maior interesse, promovendo um ambiente de aprendizado e troca de experiências. Aécio Dantas ressaltou a importância de dar voz aos contadores nas decisões estratégicas da administração pública.
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A transformação digital foi um dos focos do evento. Ferramentas de inteligência artificial e automação, como o sistema SOFia do Tribunal de Justiça do Piauí, foram apresentadas como soluções que aumentam a transparência e eficiência na gestão pública. Ed Wilson Fernandes, do TCE da Paraíba, alertou para a urgência da modernização tecnológica nas instituições. Para ele, a tecnologia deve ser acessível e centrada no cidadão.
Outro ponto de destaque foi a reforma tributária. Especialistas debateram os impactos da nova distribuição de receitas entre estados e municípios. Daniel Corrêa, do Tesouro do Espírito Santo, defendeu maior cooperação entre entes federativos, enquanto Michele Roncálio, de Florianópolis, apontou a necessidade de inovação e equilíbrio fiscal. Os participantes também foram atualizados sobre os prazos da transição.
A sustentabilidade também ganhou espaço com a apresentação de dados inéditos do Climate Scanner pelo ministro Augusto Nardes, do TCU. O levantamento revelou que a maioria dos estados e capitais brasileiros ainda não está preparada para lidar com os efeitos das mudanças climáticas. Edmar Camata, do Espírito Santo, defendeu que práticas ESG devem ser incorporadas de forma estratégica à gestão pública.
No encerramento, o escritor Thiago Brunet falou sobre a importância de decisões baseadas não apenas em conhecimento técnico, mas também em valores e propósito. Segundo o presidente do CFC, a presença de Brunet reforçou a visão de que o contador moderno deve estar conectado com inovação, controle e até espiritualidade. A CNCP se consolidou como um marco para a transformação da contabilidade pública no Brasil.

