
Com prisão de Bolsonaro, Tarcísio é pressionado a disputar Presidência em 2026. (Foto: Instagram)
A detenção de Jair Bolsonaro (PL) elevou a pressão sobre o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para que ele abra mão da reeleição e se lance candidato à Presidência da República em 2026. Apesar disso, Tarcísio prefere manter cautela diante de um cenário político ainda incerto.
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Partidos de centro-direita enxergam Tarcísio como o único nome com potencial para derrotar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no próximo pleito. No entanto, a família Bolsonaro tem resistido em apoiá-lo oficialmente, tentando preservar o controle do capital político de Jair Bolsonaro. O governador já foi alvo de críticas internas, em especial de aliados da família.
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A prisão de Bolsonaro enfraqueceu a influência da família no cenário político. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) entrou na mira do Supremo Tribunal Federal (STF) por organizar uma vigília no condomínio do pai, o que levantou suspeitas de um possível plano de fuga. Esse episódio foi um dos fatores citados pelo ministro Alexandre de Moraes para justificar a prisão em regime fechado.
Além disso, a divulgação de um vídeo em que Bolsonaro admite ter danificado sua tornozeleira eletrônica com um ferro de solda comprometeu ainda mais sua defesa. A gravação enfraquece o argumento de que a prisão foi arbitrária, já que evidencia descumprimento de medidas judiciais.
Entre dirigentes partidários, há a percepção de que Tarcísio pode ser a única via viável para garantir um eventual indulto a Bolsonaro. Eles acreditam que o governador paulista pode unificar a direita e atrair o apoio de outros líderes regionais.
Apesar da pressão, Tarcísio alterna entre discursos com foco nacional e dedicação à gestão estadual. Pessoas próximas relatam que ele está mais inclinado a buscar a reeleição, avaliando que renunciar ao cargo para concorrer à Presidência seria um risco elevado, comparado por aliados a apostas arriscadas feitas por João Doria.
Com apenas 50 anos, Tarcísio ainda tem tempo para disputar o Planalto no futuro. Parte de sua equipe defende que esperar até 2030, quando Lula não deve concorrer, seria uma estratégia mais segura. Para aceitar o desafio em 2026, ele exigiria o apoio explícito de Bolsonaro e o fim das críticas vindas dos filhos do ex-presidente.

