Facção impõe nova regra de sigilo nas redes sociais em mais de mil comunidades do Rio (Foto: Instagram)
O Comando Vermelho (CV) emitiu uma nova diretriz interna proibindo seus membros de publicarem fotos ou vídeos que mostrem armas, drogas ou qualquer atividade criminosa nas redes sociais. A medida se aplica a todas as comunidades sob controle da facção no estado do Rio de Janeiro, abrangendo mais de mil localidades.
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O aviso, compartilhado entre os integrantes do grupo, é claro ao vetar qualquer tipo de conteúdo que envolva armamentos, pontos de venda de drogas ou situações ligadas ao crime. A sigla L.R.L.J.U. — que representa Liberdade, Respeito, Luta, Justiça e União — foi usada para reforçar os princípios da organização e justificar a nova regra.
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Cada região sob domínio do CV será responsável por fiscalizar o cumprimento da norma e aplicar punições a quem desrespeitá-la. A decisão ganhou ainda mais força após a morte de Luiz Felipe Honorato Romão, conhecido como “Mangabinha”, que publicou um vídeo ostentando armas e bebidas pouco antes de ser morto.
Mangabinha apareceu nas imagens dançando funk, usando colete tático e segurando granadas e armas de grosso calibre. O vídeo viralizou entre criminosos e chamou atenção da polícia. No dia seguinte, ele foi encontrado e morto em confronto com a Core (Coordenadoria de Recursos Especiais), na Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio.
Investigado como principal suspeito pela morte do policial civil José Antônio Lourenço Junior, Mangabinha atuava na segurança de chefes do tráfico nas áreas conhecidas como Karatê e 13. Em suas redes, ele frequentemente divulgava imagens com fuzis, explosivos e mensagens contra forças de segurança.
A nova política do CV tenta conter a exposição pública de seus membros, que vem facilitando o trabalho de investigação das autoridades. A facção busca, com isso, evitar que mais integrantes sejam presos ou mortos devido à atividade nas redes sociais e reforçar a disciplina entre seus soldados.
