A Polícia Civil abriu uma investigação para apurar qual seria o novo plano para matar o deputado estadual, Marcelo Freixo (PSOL). A situação repercutiu na última quinta-feira (13), em que a articulação foi descoberta por conta de uma ligação para o Disque Denúncia, a qual afirmou que um policial militar e mais dois comerciantes ligados a um grupo de milicianos da Zona Oeste do Rio de Janeiro seriam os praticantes do ato criminoso.
Segundo as informações já conquistadas, a Polícia Civil aponta que os homens poderiam possuir algum tipo de vínculo com os grupos paramilitares há pelo menos cinco anos, sendo que também aparecem no comando de operações ilegais da máfia dos caça-níqueis e do jogo do bicho.
“No mês em que a aprovação do relatório da CPI das Milícias, presidida por mim, completa 10 anos, recebo nova ameaça de morte. Nosso trabalho na CPI foi um marco no combate ao crime organizado. Indiciamos mais de 200 pessoas e os principais chefes foram presos, entre eles vereadores e deputados. Também apresentamos medidas concretas para derrotar essa máfia, mas o que foi feito? Nada. Por dez anos convivo com ameaças reais contra a minha vida… Milicianos continuam assassinado, ameaçando autoridades, tiranizando milhares de pessoas. Sou deputado federal eleito. Por isso não se trata apenas de uma ameaça pesssoal a mim, é mais do que isso. Trata-se de uma ameaça à democracia e ao Estado Democrático de Direito”, postou Freixo em sua conta do Instagram, se posicionando sobre o ocorrido.
Divulgado pela primeira vez no Jornal O Globo, de acordo com um relatório confidencial da Polícia, o assassinato de Freixo estava marcado para ocorrer no próximo sábado (15), em Campo Grande, durante um compromisso de trabalho.
A agenda do deputado neste dia estava preenchida com um encontro com os professores da rede privada de ensino e militantes. O próprio Freixo foi quem postou sobre o evento nas redes sociais e chamou os seguidores para se informar melhor sobre o encontro.