Jorge Messias ao lado do presidente Lula em momento decisivo para sua indicação ao STF. (Foto: Instagram)
Jorge Messias, indicado pelo presidente Lula para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF), terá nesta quinta-feira (13) seu primeiro grande desafio político. A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS votará um requerimento que propõe sua convocação para prestar esclarecimentos. Essa movimentação é vista como um termômetro da resistência que sua indicação poderá enfrentar no Senado.
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A convocação, se aprovada, colocará Messias diante de senadores que desejam pressioná-lo publicamente. Ele deverá explicar por que não tomou medidas diante de denúncias de um esquema de desvio de recursos de aposentados do INSS — acusações que ele nega. Vale lembrar que as investigações foram iniciadas ainda no governo Lula, por meio de uma força-tarefa composta pela CGU, AGU e Polícia Federal.
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O comportamento da base aliada do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), será crucial. A expectativa é de que os parlamentares ligados a ele votem a favor da convocação, o que sinalizaria uma forte oposição à nomeação de Messias ao STF. Alcolumbre, por sua vez, já afirmou não querer se envolver diretamente na articulação dos votos.
Outro fator relevante é a postura da bancada evangélica. Embora Messias conte com o apoio de alguns membros do grupo, muitos têm ressaltado que sua indicação não se deu por ele ser evangélico — ao contrário de André Mendonça, nomeado por Jair Bolsonaro com esse perfil religioso em destaque. A bancada ainda avalia se apoiará ou não o nome de Messias.
Adicionalmente, circulam entre senadores evangélicos mensagens com reportagens que apontam que a Advocacia-Geral da União (AGU), sob a liderança de Messias, defendeu judicialmente a possibilidade de interrupção da gravidez até a 22ª semana. Messias já afirmou ser pessoalmente contra o aborto, mas ressaltou que a AGU tem a obrigação de sustentar o que está previsto na legislação vigente.
