
Jorge Messias, Advogado-Geral da União, durante coletiva à imprensa. Sua convocação pela CPMI do INSS foi adiada para 4 de dezembro. (Foto: Instagram)
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura irregularidades contra aposentados e pensionistas no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) decidiu adiar para o dia 4 de dezembro a votação sobre a convocação de Jorge Messias, Advogado-Geral da União. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (27/11) após articulações com parlamentares aliados ao governo federal.
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Os autores do pedido de convocação, em sua maioria da oposição e alguns do centro, alegam que Messias teria sido informado previamente sobre o esquema de fraudes e não teria tomado providências. O presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), foi o responsável por anunciar o adiamento da votação.
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O escândalo envolvendo o INSS veio à tona após uma série de reportagens do portal Metrópoles, iniciadas em dezembro de 2023. As matérias revelaram que entidades estavam arrecadando valores expressivos, ultrapassando R$ 2 bilhões com descontos em aposentadorias, enquanto enfrentavam milhares de ações judiciais por fraudes em filiações.
Essas denúncias motivaram a abertura de investigações por parte da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União. A Operação Sem Desconto, realizada em abril, foi baseada em 38 reportagens do Metrópoles e resultou na saída do então presidente do INSS e do ministro da Previdência, Carlos Lupi.
Parlamentares afirmam que Jorge Messias teria agido para proteger Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que possui vínculos com o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), apontado como um dos principais envolvidos nas fraudes.
Carlos Viana justificou a importância da convocação afirmando que o Congresso tem como missão revelar a verdade em assuntos de interesse público, reforçando o papel do Parlamento como espaço de transparência e apuração.

