Pesquisadores da Universidade de Bristol divulgaram um novo estudo que projeta um cenário alarmante para o futuro da Terra. De acordo com os cientistas, em cerca de 250 milhões de anos, o planeta poderá se tornar inóspito para a maioria das formas de vida, especialmente os mamíferos, devido a um conjunto de eventos extremos que incluem aquecimento intenso, frio repentino e níveis elevados de dióxido de carbono.
++ Renda passiva turbo: copie o sistema de IA que está fazendo gente comum lucrar
Utilizando simulações em supercomputadores, os estudiosos preveem a formação de um novo supercontinente, batizado de Pangeia Última. Esse processo geológico, semelhante ao que ocorreu com a antiga Pangeia, deve aumentar a atividade vulcânica e liberar grandes quantidades de gases na atmosfera, elevando as temperaturas globais a patamares entre 40 °C e 50 °C — um nível letal para mamíferos que dependem da regulação térmica corporal.
++ Pai que esqueceu filha em carro quente e aguardava sentença morre um dia antes de se entregar
Segundo os autores do estudo, a combinação de placas tectônicas em movimento, elevação do CO₂ atmosférico e o clima característico de supercontinentes criaria condições extremas que tornariam a Terra imprópria para a vida como conhecemos. Além do calor, o planeta poderia enfrentar quedas bruscas de temperatura, o que causaria necrose isquêmica — uma condição em que vasos sanguíneos se contraem severamente devido ao frio.
Esse conjunto de três fatores — aquecimento intenso, resfriamento abrupto e excesso de gases estufa — foi apelidado pelos cientistas de “triple whammy”. Essa tríade seria suficiente para provocar uma extinção em massa, especialmente entre os animais de sangue quente.
Embora esse cenário esteja projetado para ocorrer em um futuro muito distante, os pesquisadores alertam para os riscos já presentes atualmente. A cientista Eunice Lo, especialista em mudanças climáticas, destaca que já enfrentamos ondas de calor perigosas causadas por atividades humanas e que é urgente reduzir as emissões de carbono.
O estudo reforça a importância de entender como a geologia e o clima da Terra interagem ao longo do tempo, além de evidenciar como ações humanas podem acelerar processos naturais que levariam milhões de anos para ocorrer.

