Circulam pelas redes sociais postagens afirmando que a empresa de transporte rodoviário de passageiros, Itapemirim, teria decretado falência durante a quarentena, imposta para conter a pandemia causada pelo novo coronavírus. Além de associar a suposta falência com a pandemia, a postagem ainda sugere que isso irá refletir em empresas menores e fazer o país “ruir”.
Essa informação é falsa. Em uma postagem no Instagram, a Itapemirim informou que o grupo não decretou falência durante a pandemia da Covid-19. “Trata-se de informação falsa, caluniosa, mentirosa, criminosa, sobre a qual estamos tomando providência legal”, informou a empresa, que ainda afirmou: “Estamos firmes e fortes! Trabalhando duro para enfrentar o desafio da pandemia e sempre no sentido de encantar nosso cliente”.
Apesar de não ter decretado falência, a Itapemirim enfrenta um processo de recuperação judicial, que teve início em 2016, mas só foi homologado em maio de 2019, no valor de R$ 300 milhões. O processo de recuperação judicial serve para evitar que uma empresa em dificuldade financeira feche as portas.
Devido aos impactos econômicos da pandemia, a empresa conseguiu trocar os percentuais destinados ao pagamento de dívidas e ao caixa da empresa: durante a pandemia, ela fica com 80% de seus recursos financeiros para capital de giro e apenas 20% para o pagamento de seus credores.
Antes da pandemia, o percentual estabelecido era o inverso, segundo informações divulgadas pela Itapemirim.
Dessa forma, durante a quarentena, a empresa acaba podendo atrasar o pagamento de suas dívidas e ter mais dinheiro disponível manter o negócio.
Conteúdo de fact-checking do Pipeify.