Uma nova análise psiquiátrica realizada em Adélio Bispo, responsável pelo atentado a faca contra o então candidato Jair Bolsonaro em 2018, reacende discussões sobre seu possível desligamento do sistema prisional. Desde sua prisão, Adélio está isolado no Presídio Federal de Campo Grande, e o laudo atual busca verificar se ele apresenta condições clínicas e psicológicas para deixar a unidade.
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O perito designado visitou pessoalmente o presídio para avaliar o estado mental de Adélio. Apesar de não ter sido condenado criminalmente, ele permanece sob custódia por ser considerado inimputável. Os documentos que sustentam essa classificação não foram digitalizados por motivos de segurança, obrigando os especialistas a basearem suas análises em trechos da sentença judicial de 2019.
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A equipe médica recebeu diretrizes específicas sobre o que deve ser esclarecido no relatório, como a identificação de eventuais transtornos mentais que justifiquem a continuidade da medida de segurança. Também será avaliado o grau de risco que Adélio representa atualmente, tanto para si quanto para terceiros. Caso se considere necessária sua permanência no regime atual, o laudo deverá sugerir uma nova data para reavaliação.
Embora os relatórios médicos indiquem estabilidade, agentes penitenciários afirmam que o estado mental de Adélio se deteriorou com o tempo. Eles relatam que ele perdeu completamente o contato com a realidade externa, inclusive com eventos recentes relacionados ao presidente Donald Trump. A possibilidade de libertação é vista como remota, já que o Judiciário costuma privilegiar a segurança pública.
A Justiça determinou que Adélio deve permanecer internado até 2038, quando completará 60 anos. Ele ocupa uma cela de cerca de seis metros quadrados e, desde sua chegada, não interage com outros presos nem participa de atividades oferecidas pela instituição.
As investigações da Polícia Federal, realizadas em duas fases distintas, concluíram que Adélio agiu de forma isolada no ataque contra Bolsonaro, sem o envolvimento de outras pessoas.
Mesmo classificado como de alta periculosidade, não há planos para transferi-lo para outro presídio. A unidade de Campo Grande, embora não ideal, é considerada a mais capacitada para lidar com detentos com distúrbios psiquiátricos, sendo atualmente a única opção viável no sistema federal.

