Neste domingo (25/5), Samir Xaud foi eleito oficialmente presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), mas a eleição foi marcada por um boicote inédito: 20 clubes das séries A e B se recusaram a participar do pleito. Apesar da ausência significativa, Xaud celebrou o apoio de metade das equipes e afirmou que seu objetivo é conquistar a confiança de todos os clubes por meio do diálogo constante.
Ex-vice-presidente da Federação Roraimense de Futebol (FRF), Xaud destacou que iniciou sua candidatura com apoio de apenas 10 clubes e, ao longo do processo, esse número dobrou. Ele acredita que o diálogo será o caminho para alcançar o “apoio maciço” desejado, reforçando que já está conversando individualmente com os presidentes dos clubes ausentes.
O novo dirigente também chamou atenção para a situação dos clubes menores e das federações regionais, especialmente das séries C e D. Segundo ele, pretende dar continuidade ao trabalho de fomento iniciado por seu antecessor, Ednaldo Rodrigues, com foco no fortalecimento do futebol em regiões menos favorecidas do país, tanto no masculino quanto no feminino.
A eleição de Xaud ocorre em um momento delicado para a CBF, com questionamentos sobre a representatividade e legitimidade do processo eleitoral, diante do boicote expressivo. A promessa de autonomia e de reconstrução da relação com os clubes será posta à prova nos próximos meses, enquanto o novo presidente tenta consolidar sua liderança em um cenário de tensão e desconfiança.
