No Brasil, 11,4 milhões de pessoas com 15 anos ou mais não sabem ler e escrever uma carta simples – o equivalente a 7% da população nessa faixa etária.
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Ainda que o problema tenha sido atenuado nas últimas décadas, o Nordeste continua sendo a região com o índice de analfabetismo mais alto do país: 14,2%, o dobro da média nacional.
A saber, os dados, coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Censo Demográfico 2022, foram divulgados nesta sexta-feira (17).
Em comparação à última edição da pesquisa, de 2010, houve relativa melhora: um salto de 80,9% de alfabetizados no Nordeste para 85,79%.
A disparidade regional, no entanto, continua acentuada: o Sul, com o melhor índice do país, chegou ao patamar de 96,6% de moradores que sabem.
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Além dessa desigualdade geográfica, há também diferenças gritantes dependendo:
da raça – As taxas de analfabetismo de indígenas (16,1%), pretos (10,1%) e pardos (8,8%) são bem mais altas do que as de brancos (4,3%).
da idade – O índice nacional é menor entre os jovens de 15 a 19 anos (1,5%) e maior entre os idosos com mais de 65 anos (20,3%).
Com isso, no Brasil, 50 municípios têm índices de analfabetismo iguais ou superiores a 30%— 48 dessas cidades estão no Nordeste. As únicas exceções do grupo são Alto Alegre e Amajari, em Roraima, no Norte.
Entre os estados, os piores números foram registrados em Alagoas (17,7%) e no Piauí (17,2%).
No outro extremo, estão os 50 municípios com os menores índices de analfabetismo do país — todos no Sul e no Sudeste.
Já no ranking de estados e do Distrito Federal, os melhores desempenhos são de Santa Catarina (2,7% de analfabetos e 97,3% de alfabetizados) e do próprio DF (2,8% de analfabetos e 97,2% de alfabetizados).
A taxa de analfabetismo entre brancos, no resultado nacional, é de 4,3%. Pretos (10,1%) e pardos (8,8%) apresentam mais do que o dobro desse percentual.
Entre indígenas, o índice é o quádruplo do apresentado pelos brancos: 16,1% de analfabetos, afirma o Censo.
De 2010 para 2022, a taxa de analfabetismo das pessoas indígenas caiu de 23,4% para 15,1%. A queda mais expressiva foi observada na região Norte (de 31,3% para 15,3%). Quanto às faixas etárias, a maior redução ocorreu entre pessoas de 35 e 44 anos (de 22,9% para 12%).
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