O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a causar polêmica ao exigir que a Universidade de Harvard revele os nomes e países de origem de todos os seus estudantes estrangeiros. A instituição, uma das mais prestigiadas do mundo, conta atualmente com cerca de 27% de seu corpo discente composto por alunos internacionais, vindos de pelo menos 147 países, totalizando 6.793 estudantes em cursos de graduação e pós-graduação.
A iniciativa do governo norte-americano começou com tentativas de proibir a entrada de estrangeiros na universidade, medida que foi rapidamente barrada pelo sistema judiciário dos EUA. Em seguida, Trump intensificou a pressão através de sua rede social, Truth Social, onde questionou por que Harvard ainda mantém quase um terço de seus alunos vindos do exterior sem que seus países de origem arquem com os custos dessa educação. Ele argumenta que os EUA investem bilhões de dólares na instituição e, por isso, têm o direito de saber quem são esses estudantes.
A retórica adotada por Trump tem gerado críticas dentro e fora dos Estados Unidos, sendo vista como uma forma de retaliação contra a diversidade acadêmica e uma ameaça à privacidade e segurança dos alunos internacionais. Especialistas apontam que a medida pode desestimular talentos globais a estudarem nos EUA, prejudicando a imagem do país como um polo de excelência educacional.
A comunidade acadêmica de Harvard ainda não se pronunciou oficialmente sobre a exigência do presidente, mas fontes internas indicam preocupação com a escalada de tensões e os possíveis reflexos na política de admissão da universidade. O episódio reacende o debate sobre o papel da educação internacional e o uso político de instituições acadêmicas em contextos eleitorais.
