Quatro meses após ser detido e se tornar réu por acusações de tráfico de pessoas, exploração de menores e trabalho análogo à escravidão, o influenciador Hytalo Santos divulgou uma carta aberta em que contesta as decisões judiciais e afirma que ele e seu companheiro, Euro, passarão o Natal e o Ano Novo na prisão. Segundo Hytalo, ele está impedido de dar entrevistas e de se defender publicamente.
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A carta foi publicada por Kamylinha Santos, que integrava o grupo de amigos do influenciador e o tratava como pai. Hytalo inicia o texto lamentando a impossibilidade de comemorar as festas de fim de ano em liberdade, dizendo que a notícia da permanência na prisão não foi surpresa. Ele afirma que as únicas provas contra ele seriam postagens em redes sociais, roupas, músicas e procedimentos estéticos feitos pelos jovens que o acompanhavam.
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No texto, Hytalo também critica o uso das provas no processo, alegando que as emancipações legais dos jovens não estão sendo consideradas e que os depoimentos favoráveis à sua defesa são ignorados. Para ele, sua exposição nas redes pode ser condenada moralmente por alguns, mas não constitui crime. O influenciador afirma que, se houvesse ilegalidade, ele já estaria preso desde 2020, e sugere que a mídia transformou sua conduta em crime.
Hytalo ainda questiona a seletividade da Justiça, dizendo que, se todos que agissem como ele fossem presos, não haveria espaço suficiente nos presídios. Ele insinua que sua prisão teria motivações políticas, com o objetivo de gerar repercussão às vésperas das eleições.
Na parte final da carta, o influenciador reforça que não existem provas concretas contra ele e denuncia uma suposta tentativa de censura cultural, mencionando a proibição de shows de brega funk e a regulamentação das redes sociais. Ele conclui dizendo que, mesmo sendo inocente, teme ser condenado para justificar a situação.
A publicação de Kamylinha também trouxe um desabafo. Ela lamenta que Hytalo e Euro passem as datas comemorativas presos e afirma que a prisão já representa uma punição, mesmo sem julgamento. A jovem encerra a mensagem com um apelo por justiça e fé.

