Betty Faria relembra censura sofrida na ditadura

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Berry Faria, de 83 anos, mostrou que não tem medo de falar sobre política. Em entrevista ao portal “UOL”, publicada na manhã desta quinta-feira (03/10), a atriz relembrou que já sofreu censura na época da ditadura militar brasileira. Segundo a veterana, é justamente por isso que ela não tem medo de expor opiniões diante da tamanha polarização que o Brasil vive nos últimos tempos.

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Betty Faria não se esquiva ao falar de política e dispara: “Não dá para ser alienada”

Logo a princípio, Betty afirma que a história não a permite ser omissa politicamente. No bate-papo, ela relembrou episódios de censura na ditadura militar, em especial na década de 1970: “Tenho toda uma vivência, um passado político, porque vivemos os anos 1970, a ditadura militar. Tive trabalhos censurados, tive peças de teatro censuradas, filmes e novela censurados. Vivemos isso intensamente. Não dá para ser alienada. Eu não consigo me alienar [sobre] o mundo a volta. Sou participante [ativa da política] mesmo.“, afirmou.

Saiba mais

A novela a qual a artista se referiu é a primeira versão de Roque Santeiro, que iria ao ar em 1975 e foi censurada pelo governo militar dias antes da estreia. Na trama, Faria iria interpretar a famosa Viúva Porcina, papel que ficou com Regina Duarte na versão de 1985.

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Atriz fala de novo trabalho e dá alfinetada na extrema direita conservadora

Escalada para a novela “Volta Por Cima”, da Globo, Betty diz que se orgulha de ter sido chamada para trabalhar na obra. A nova trama, das sete, possui um elenco majoritariamente negro e com idosos. A artista, inclusive, não deixou de dar um alfinetada na direita conservadora que, segundo ela, está crescendo muito no Brasil: “Vi a importância dessa novela nesse momento, já que a extrema-direita é contra judeus, gays e velhos.“, disparou.

Conteúdo de fact-checking do PaiPee.

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