Durante a semana, circulou através das redes sociais que o presidente Jair Bolsonaro anunciou ter contraído o novo coronavírus (Covid-19) justamente na semana em que teria de prestar depoimento à Polícia Federal (PF).
Ou seja, dessa forma, ele teria conseguido evitar o seu comparecimento presencial ao órgão. O presidente é investigado no inquérito que apura se ele interferiu – ou não – para mudar a gestão da PF, com o objetivo tanto de influenciar como de acompanhar investigações sobre sua família e amigos.
A acusação principal veio do em abril pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro que afirmou que Bolsonaro exonerou o então diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, para colocar uma pessoa de confiança no cargo.
“Justo quando Bolsonaro vai depor ele pega Covid-19. E faz questão de dizer que pegou”, diz a legenda de uma das versões da informação, que viralizou em diferentes formatos de postagens.
A informação é falsa. Ainda não houve nenhuma decisão sobre o depoimento de Bolsonaro e isso pode ser conferido no sistema de acompanhamento do Sistema Tribunal Federal (STF), o qual detalha o andamento da investigação. Ademais, as duas últimas movimentações são de 6 de julho: a prorrogação do prazo da apuração por mais 30 dias e uma redistribuição de petições que não teriam relação com o caso.
Quem prestou depoimento ao Ministério Público do Rio de Janeiro, não à PF, foi o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente. Nesta semana, ele falou aos promotores por teleconferência se houve “rachadinha” no seu gabinete, na época em que era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
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