Uma jovem britânica descobriu que “legalmente não existe”, pois nunca foi registrada quando era bebê.
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Caitlin Walton, hoje com 26 anos, de Gateshead, Tyne and Wear, é classificada pelo governo como imigrante porque simplesmente não tem provas legais de que nasceu no Reino Unido.
Sua mãe, com quem ela não fala mais, deu à luz sem qualquer assistência em casa, em Gateshead, em 1997, e Caitlin nunca teve uma certidão de nascimento.
Mas ela só descobriu aos 19 anos, após sair de casa. A jovem, agora, disse que se encontra em um “limbo burocrático”, incapaz de obter um número de seguro nacional, passaporte ou carteira de motorista porque legalmente “não existe”.
Caitlin disse que só conseguiu abrir uma conta bancária depois que sua tia e seu primo a acompanharam e imploraram para que lhe desse uma conta. Os dois parentes tiveram que prover tudo para Caitlin desde que ela completou 18 anos, já que ela não tinha como ganhar seu próprio dinheiro.
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Ela afirma que é tecnicamente classificada como uma “imigrante britânica branca” — apesar de ter nascido no país. “Eu só quero poder trabalhar e viver uma vida normal, mas, no momento, se eu morresse, não seria localizada. O trauma constante de basicamente não existir de verdade tem sido horrível”, lamentou.
Enquanto crescia, Caitlin não tinha ideia do pesadelo administrativo que enfrentaria. Tudo começou quando ela saiu de casa aos 18 anos. Sem ter para onde ir, ela foi morar com a tia.
“Eu queria conseguir um emprego, mas quando tentei, percebi que não tinha como provar minha existência”, disse. Caitlin entrou em contato com o centro cívico para obter respostas. “Fiz uma busca de seis horas no Hospital Queen Elizabeth em Gateshead”, ela disse, “mas eles não conseguiram encontrar nenhum registro de que nasci lá”, disse.
Foi dito a ela que o Ministério do Interior não pode ajudá-la, pois ela não é, por registro público, uma “cidadã britânica”, enquanto o Cartório Geral de Registro e o Conselho de Gateshead não têm certeza de como dar andamento ao seu caso. Ela tentou obter representação legal, mas não tem condições de pagar um advogado.
“É como se eu tivesse sido varrida da face da Terra”, disse Caitlin. O impacto em sua saúde mental foi imenso. “Há o trauma do que minha mãe fez, mas também o sentimento de que não tenho controle sobre minha vida”, descreveu.
Embora tenha estudado, Caitlin lembra de se mudar com frequência quando as autoridades levantavam questões sobre sua origem. “Eu fui passada de escola para escola como um pacote. Estive em umas dez escolas”, diz.
“O governo tem o dever de ajudar pessoas como eu. Ninguém deveria passar pela vida assim, sem poder trabalhar, dirigir ou mesmo provar que está vivo”, finalizou,
O Ministério do Interior foi contatado para comentar, mas, segundo o site Metro, ainda não retornou os contatos.
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