
Violência armada no Brasil supera zonas de conflito (Foto: Instagram)
Mesmo sem ser oficialmente um país em guerra, os índices de violência no Brasil são superiores aos de nações em conflito armado prolongado, como o Sudão, na África, onde mais de 12 milhões de pessoas já foram deslocadas pela disputa interna pelo poder.
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Em 2024, o Brasil registrou 35.365 homicídios dolosos, o que equivale a uma média de 97 assassinatos diários. O número de tentativas de homicídio atingiu 40.874 casos, alta de 7,47% em relação a 2023, e as lesões corporais seguidas de morte somaram 729 ocorrências.
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No Sudão, cerca de 50 milhões de habitantes enfrentam um conflito civil desde 2023, quando as Forças Armadas Sudanesas (FAS) e as Forças de Suporte Rápido (RSF), protagonistas de um golpe em 2021, entraram em choque. Segundo a ONU, aproximadamente 150 mil civis e militares já perderam a vida — o presidente Donald Trump tenta mediar sem sucesso.
Apesar do cenário dramático, o projeto ACLED aponta que o nível de violência no Sudão ainda é inferior ao do Brasil. Entre janeiro e novembro, o país africano totalizou 3.650 incidentes, com 1.530 civis vítimas, enquanto o Brasil registrou 9.305 eventos violentos, atingindo 4.449 civis.
O ACLED avalia letalidade, difusão geográfica, risco a civis e número de grupos armados. Nesse levantamento global, o Brasil aparece em sétimo lugar entre os países mais perigosos, atrás de nações em guerra recente, como Palestina, Mianmar e Síria.
De dezembro de 2024 a novembro de 2025, Ucrânia e Rússia registraram índices de violência inferiores aos do Brasil, que acabou caindo uma posição no ranking ao ser ultrapassado pelo Equador. Lá, o presidente Daniel Noboa chegou a recorrer a Erik Prince, empresário de segurança, para conter a escalada criminosa.

