
João Adibe exibe sua McLaren Artura verde com o escudo do Palmeiras, enquanto sua mansão nos Jardins sofre embargo judicial. (Foto: Instagram)
O bilionário CEO da Cimed, João Adibe, é cotado para assumir a presidência do Palmeiras, hoje nas mãos de Leila Pereira. A Justiça embargou a obra de sua mansão nos Jardins e proibiu a emissão do Habite-se para o imóvel.
++ Renda passiva turbo: copie o sistema de IA que está fazendo gente comum lucrar
A Cimed patrocina o clube e Adibe não esconde sua paixão: chegou a ter uma McLaren Artura com o escudo do time. Em suas redes, comemorou: “Artura ou surta! A primeira Mclaren Artura verde do Brasil, para o maior campeão do país. Parabéns, Palmeiras.”
++ Pai que esqueceu filha em carro quente e aguardava sentença morre um dia antes de se entregar
Frequentemente apontado como possível presidente no futuro, Adibe declarou à Rádio Itatiaia: “Sou pai de 5 filhos, tenho 53 anos e 6.000 funcionários. Quem sabe ser presidente do Palmeiras um dia? O 1º passo já foi feito, que foi virar sócio do clube”.
Com 4,5 milhões de seguidores, ele é o principal garoto-propaganda da Cimed e aparece na lista da Forbes como o 86º homem mais rico do Brasil, com patrimônio de R$ 5,2 bilhões. Ele e a esposa, Cinthya Marques, exibem em redes fotos de carrões, helicóptero, jatinho e detalhes da mansão, como piscina inspirada em Gianni Versace e lavabo homenageando Paris.
A Associação de Moradores dos Jardins (AME Jardins) move ação civil alegando que Adibe demoliu quase toda a construção original — preservou apenas a fachada — sem autorização para mudanças tão amplas. A defesa afirma que o projeto obteve aval de todos os órgãos competentes e foi finalizado há meses.
Segundo a AME, a obra, realizada no Jardim Paulista, violou regras de tombamento ao superar altura permitida, desrespeitar recuos obrigatórios e erguer segundo pavimento em edícula. A entidade ainda denuncia supressão de vegetação, impermeabilização do solo, infiltrações, redução de insolação e invasão de privacidade de vizinho.
No último dia 19, a juíza Mariana Medeiros Lenz, da 9ª Vara da Fazenda Pública, determinou o embargo imediato da obra, impôs multa diária de R$ 50 mil (limitada a R$ 5 milhões) em caso de descumprimento, autorizou vistoria do Condephaat, proibiu o Habite-se e ordenou a averbação da ação na matrícula do imóvel.
Os advogados Daniel Bialski e Fabio Kadi afirmam que a mansão possui Habite-se e que um laudo pericial anterior isentou Adibe de qualquer responsabilidade pelos danos relatados, atribuindo-os à má conservação. Segundo eles, uma ação similar movida por vizinho teve todas as cautelares indeferidas pela Justiça.

